More Caio Bars »"/>More Caio Bars »" /> Caio Bars - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Caio Bars

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Caio Bars é um cancionista paulistano com mais de 300 músicas escritas. Em 2022 lançou os singles “Se Não Chover” (um sambinha suave sobre amizade, café, chuva e reencontros) e “40” (comemorando suas 4 décadas de vida em uma canção curta com arranjos eletrônicos).

Em 2021 lançou os singles “Ciranda em Chamas”(sobre a situação política do Brasil à época) e “O Sol do Oriente”, composta inicialmente no bar do Hostel Overstay, em Bangkok (Tailândia), onde Caio trabalhava no turno da madrugada em troca de hospedagem. Ao longo de sua travessia cruzando o país (do Norte em Chang Mai ao sul na ilha de Ko Kut), a canção foi tomando forma.

Em 2020 lançou o projeto audiovisual QUARENTEMAS, com duas canções feitas na e sobre a pandemia do Covid-19. As canções foram gravadas de máscara, inclusive as vozes (para gerar o efeito de filtro sonoro que as mesmas aplicam em nossa voz). No começo do mesmo ano, lançou o EP “Turnê OverDoses Ao Vivo” (gravado no Sesc Belenzinho), um registro do último show da turnê realizada em 2019.

Em 2019 lançou o EP Compacto “Últimas Doses”, fechando a Trilogia Das Doses (que inclui este e os dois EPs anteriores). O Últimas Doses apresenta músicas feitas a partir de histórias reais de fãs. No mesmo ano, realizou a Turnê OverDoses, com músicas da trilogia e canções inspiradas em histórias de fãs que acompanharam os shows. A turnê passou por várias casas de São Paulo.

Em 2018 lançou o EP Compacto “Novas Doses”, um spin-off do seu EP anterior, gravado AO VIVO no estúdio Space Blues.

Em 2017 realizou o projeto “#100diasdecanções” no qual, por 100 dias consecutivos, postou um vídeo de uma música autoral sua nas suas redes sociais. Ao final, lançou a canção “100 Dias de Canções”, para fechar o projeto.

Em 2016 apresentou o espetáculo “Exagerando Cazuza”, no qual traçava um panorama da obra do cantautor, contextualizando historicamente a vida de Cazuza com suas canções. No mesmo ano, deu início à sua “Oficina de Criação de Canção”, onde Caio discute o ofício do cancionista e fala sobre as particularidades da profissão.

Em 2015 lançou seu primeiro EP solo: “Soltas Doses De Euforia (E Algumas Mentiras Brancas)”, fazendo shows pela cidade de São Paulo, com destaque para o realizado na FUNARTE SP.

Apresentou, de 2015 a 2023, na Rádio USP FM (São Paulo e Ribeirão Preto) e na Rádio Brasil Atual (São Paulo), o programa Outra Frequência, voltado às novidades e curiosidades da música nacional (o programa também era transmitido em diversas webradios pelo país). Na Rádio UFSCar FM (São Carlos), apresentou, em 2016, o programa A Cena Vive SP, um movimento de bandas de rock autorais do estado.

Caio é pós-graduado no curso “Canção Popular: Criação, Produção Musical e Performance” da Faculdade Santa Marcelina (2023). Também cursou a “Oficina de Composição de Música Pop” do compositor Leoni (2013), a “Oficina de Criação de Canção” de Maurício Pereira (2017) e a palestra “O Artesanato da Canção” de Luiz Tatit (2017).

Desde 2010 tem aulas de canto com a preparadora vocal e fonoaudióloga Maria Alvim, uma das mais conceituadas do ramo. De 2007 a 2011 estudou na Groove Escola de Música, dirigida por Levy Miranda.

Em 2012, idealizou, fez curadoria e produziu a mostra mensal de bandas independentes “Quanto Vale Um Rock Paulista?” no Teatro da Vila (São Paulo). No mesmo ano, foi 2º lugar no “IV Concurso de Composição” organizado pelo site do cantor Leoni.

Em 2003, juntou-se à banda 5PRAStANtAS atuando como cantor e principal compositor do grupo que lançou o álbum “Outra Frequência” (2011), o EP “BIVOLT” (2016) e singles posteriores. Em 2008, a banda ganhou o prêmio de melhor música autoral do festival “Manifesto Rock Fest” com a canção Eterno, parceria sua com o guitarrista Thiago Lecussan.

Ao longo dos anos, Caio fez diversos shows com a banda pelo estado de São Paulo, destacando-se o Tour da Taça da Copa do Mundo Fifa organizado pela Coca-Cola (São Paulo) em 2014, o Planeta Rock (Ribeirão Preto) em 2014 e o Grito Rock (Taquaritinga/SP) em 2013.

De 2002 a 2012 foi tenor e também solista do “AcordaVocal – Coral da Faculdade de Medicina da USP”, regido pela maestrina Déborah Rossi, onde idealizou o espetáculo “Esse tal de Roquenrou”, de 2011. No repertório do coro, consta a canção “Novo Cais”, de sua autoria, arranjada a cappella para o coro pelo renomado arranjador Roberto Rodrigues.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Caio Bars para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 01.11.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Caio Bars: Nasci no dia 05/07/1982 em São Paulo/SP. Registrado como Caio Rodrigues Bars.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Caio Bars: Em casa com o rádio, os discos dos meus pais (Sérgio e Márcia) e suas festas com muita dança.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Caio Bars: Na música, quando mais novo, estudei violão, guitarra, canto e teoria musical em diversas escolas e também com professores particulares. Mais tarde (2007 a 2011) estudei na Groove Escola de Música, dirigida por Levy Miranda. Desde 2010 (até hoje) estudo de canto com a preparadora vocal e fonoaudióloga Maria Alvim.

Também cursei algumas oficinas como a “Oficina de Composição de Música Pop” do compositor Leoni (2013), a “Oficina de Criação de Canção” de Maurício Pereira (2017) e a palestra “O Artesanato da Canção” de Luiz Tatit (2017).

Hoje sou pós-graduado no curso “Canção Popular: Criação, Produção Musical e Performance” da Faculdade Santa Marcelina (2023).

Fora da música sou graduado em Design Gráfico pela Faculdade SENAC de Comunicação e Artes e tenho um Master in Graphic Design pelo IED (istituto Europeo di Design).

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Caio Bars: Apesar de meu gosto musical ter mergulhado fundo no rock nacional 80/90 e na MPB, sempre tive a antena ligada em outros estilos, especialmente por causa dos discos dos meus pais e pelo meu gosto por rádio.

Meu artista-modelo é o Cazuza, por me identificar com sua trajetória do rock à música brasileira. Sobre a segunda pergunta, acho que não há nenhuma influência musical que tenha deixado de ter sua importância no meu imaginário musical.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Caio Bars: Considero que a carreira começou mesmo com o lançamento do álbum “Outra Frequência”, da banda 5PRAStANtAS, em 2011.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Caio Bars: Com a banda 5PRAStANtAS (5Pt) tenho um álbum, um EP e dois singles.

Solo tenho quatro EPs, um compacto simples, cinco singles e um álbum em produção.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Caio Bars: Uma mistura de MPB e Rock Nacional.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Caio Bars: Sim. Tive alguns professores particulares e desde 2010 estudo canto com a preparadora vocal e fonoaudióloga Maria Alvim. Além disso, de 2002 a 2012 fui tenor e também solista do “AcordaVocal – Coral da Faculdade de Medicina da USP”, regido pela maestrina Déborah Rossi.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Caio Bars: Total. A técnica faz maravilhas em minha voz e me transformou em um cantor, coisa que apesar de ser uma vontade, não era natural para mim.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Caio Bars: Maria Bethânia, Elis Regina, Emílio Santiago, Freddy Mercury, Chet Baker, Mercedes Sosa, Karen Carpenter, Ney Matogrosso, entre outros.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Caio Bars: Já compus de diversas formas, mas a que mais ocorre é certamente o processo de harmonia, melodia e letra surgindo juntas. É como a construção de uma parede: tijolo por tijolo, cimentando cada um até subir a construção. E depois, com a parede de pé, vem o acabamento. Mas hoje em dia, pela falta de tempo para o ócio criativo, tenho composto também bastante melodia e letra mentalmente (na cama ao acordar ou em um trajeto de ônibus, por exemplo). Nesses casos anoto e gravo no celular para retomar depois.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Caio Bars: Na minha trajetória são pouquíssimas as parcerias. Mais de 90% são composições solitárias. Isso é algo que eu gostaria de mudar, trabalhando mais com parceiros. Estou aberto a isso!

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Caio Bars: O principal contra é a exigência de ser empresário, marketing, booker e mais milhares de funções que impedem que o artista seja o que precisa ser: artista. O pró acredito que é a possibilidade de começar sem precisar ser “descoberto” por alguém.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Caio Bars: Minha estratégia atual é focar totalmente no artístico, na contramão do que o mercado exige. A estratégia agora é compor, gravar e lançar com a maior excelência possível, especialmente para meu próprio prazer e para as pessoas que gostam do meu trabalho.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Caio Bars: Quando vou lançar algo, foco especialmente em uma boa divulgação na imprensa e nas redes sociais. Isso envolve também um pouco de estratégia de marketing para o lançamento.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Caio Bars: Ajuda muito porque hoje em dia quase que 100% da minha atuação na área musical é via internet. O que prejudica é a busca irracional por número de plays e seguidores, como se isso desse aval ao trabalho artístico.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Caio Bars: A vantagem é enorme: possibilita à maioria dos artistas ter uma gravação para divulgar sua arte. A desvantagem talvez seja a profusão de gravações de qualidade baixa, mas muitas vezes é a única forma que um artista tem acesso.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Caio Bars: Na verdade, como não dependo da minha carreira autoral para pagar minhas contas, tento seguir minhas ideias sem me preocupar com o que se faz atualmente para se diferenciar. Não me preocupo em ser diferente nem igual. Me preocupo em ser autêntico com minhas vontades artísticas. E também não vejo outros artistas como concorrentes.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Caio Bars: A produção atual é riquíssima para quem sabe procurar fora do mercado musical mainstream. Existem milhares de ótimos artistas, alguns deles figuraram no programa Outra Frequência, que produzi e apresentei por 8 anos na Rádio USP FM. Muitos artistas novos passaram por lá com excelentes trabalhos, como por exemplo a banda-fôrra, a Joe Silhueta, a Der Baum, além de artistas que mantêm um excelente trabalho como Leoni, Odair José e O Teatro Mágico. Todos esses nomes estão nas duas edições da Coletânea Outra Frequência, disponível nos streamings.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Caio Bars: Um dos maiores perrengues foi tocar em cima de um trio elétrico debaixo de uma tempestade durante uma edição do Grito Rock em Taquaritinga (SP).

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Caio Bars: O que me deixa mais feliz é poder produzir, colocar minhas composições no mundo e ser ouvido por pessoas que gostam do meu trabalho. O que me deixa triste é termos um mercado musical voltado totalmente a números e fatores que nada tem a ver com música.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Caio Bars: Não. Dom pressupõe que você é uma espécie de enviado divino com poderes especiais e isso não existe. O que existe é talento, ou seja, uma predisposição à música que pode ajudar na trajetória. Mas eu já vi muita gente sentar no próprio talento e não evoluir musicalmente. Muitas vezes o amor à arte gera mais dedicação e supera mais dificuldades que o talento.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Caio Bars: Tenho muita admiração por quem consegue improvisar musicalmente em uma performance. Eu não tenho a menor capacidade disso.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Caio Bars: Acredito que o improviso nada mais é do que fruto de muito estudo. O improviso que se cria na hora é na verdade uma colagem do que se estudou antes.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Caio Bars: Não conheço.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Caio Bars: Também sei muito pouco para opinar a respeito. Minhas ferramentas de harmonia vêm basicamente de tocar músicas dos outros.

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Caio Bars: As minhas especificamente não sei, mas acredito que o jabá (que hoje vergonhosamente se institucionalizou como “espaço publicitário”) sempre foi um câncer na divulgação musical. Atualmente há relatos de pessoas que compram até as próprias rádios, ou seja, é a falência total da cadeia orgânica de divulgação artística.

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Caio Bars: Ame muito o que você faz e não se esqueça das outras alegrias da vida no caminho.

29) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Caio Bars: Sim, mas o mercado musical deveria absorver esses talentos. Como isso não acontece, os Festivais de Música ao menos ajudam na visibilidade desses artistas.

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Caio Bars: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira é pífia e voltada a números como o mercado. Ainda bem que existem muitos jornalistas e divulgadores guerreiros como os componentes do grupo de WhatsApp Uma Terra Só e do coletivo Radialivres, que ainda atuam em prol da arte e não do capital.

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Caio Bars: São espaços Essenciais e infelizmente, limitados. Espaços como esses deveriam ser a regra, mas são exceção.

32) RM: Quais os seus projetos futuros?

Caio Bars: O lançamento do álbum Corações Imaginários, meu primeiro álbum solo (com 12 músicas) ao qual venho me dedicando desde 2021 e que deve sair ano que vem (2024).

33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Caio Bars: (11) 97628 – 0361 | [email protected]

| www.caiobars.com.br

| https://www.instagram.com/caio.bars_

| https://www.facebook.com/CaioBarsOficial/

Canal: https://www.youtube.com/@CaioBars

Caio Bars • Turnê Overdoses: https://www.youtube.com/watch?v=hfMxsylOIjs

Playlis EP Turnê OverDoses Ao Vivo: https://www.youtube.com/watch?v=mOLD7JP-kaE&list=PLs2nYgJlDFMyYGK2ZUnI7uvEkKfox3JLb

Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=TJuDPCJQcvY&list=PLs2nYgJlDFMyJem8rhxhtF36WzwZG2Whx

Playlist EP Quarentemas: https://www.youtube.com/watch?v=QbpnCsW0f1U&list=PLs2nYgJlDFMwkPac33DYKUehOeWPsLMgk


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.