More Bruno Dub »"/>More Bruno Dub »" /> Bruno Dub - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Bruno Dub

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O mineiro Bruno Dub conheceu a cena underground do reggae em 2003. A partir daí tomou gosto e começou a pesquisar cada vez mais sobre o ritmo e a cultura jamaicana. Através dessas pesquisas conheceu a cultura Sound System, e em 2006 começou a investir na sua carreira como seletor aumentando o seu acervo comprando mais discos e equipamentos digitais.

Em 2007 teve a sua primeira Mixtape lançada, “Raízes no controle”, Vol.1 disponibilizada no seu Soundclound. Em 2009 começou a tocar nas festas Sound Systems, em bares, casas de shows e locais abertos ao público. Teve a oportunidade de se apresentar em grandes festivais de reggae no sul de Minas Gerais, no grande evento de Artes Negras, FAN (Festival De Artes Negras) e na Virada Cultural de Belo Horizonte – MG, como também em outros Estados como São Paulo, Rio De Janeiro, Espírito Santo. Em 2013 fez parte da equipe de som UAI SOUND SYSTEM, em que contribuiu com a equipe na cena sendo o seletor residente até 2019. Ainda em 2014 fez uma turnê pelo Nordeste e no início de 2015 a convite do Coletivo Beat Selecter Brasil, fez sua primeira turnê na América Latina.

Bruno Dub, segue ativo na cena, e nas suas apresentações conta com a sua maneira original de mesclar o vinil e o digital, sempre valorizando o estilo jamaicano, resgatando as raízes musicais que influenciam diretamente no estilo musical contemporâneo.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Bruno Dub para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 08.01.2022:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal? 

Bruno Dub: Nasci no dia 31/07/1986 e fui criado na região norte de Belo Horizonte – Minas Gerais. Registrado como Bruno Messias.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Bruno Dub: Meu primeiro contato com a música foi escutando músicas nacionais e internacionais que meus amigos escutavam.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Bruno Dub: Nunca fiz aula de música por não ter condições financeira na época, mas sempre ouvia muitas músicas, estudava e sempre pesquisei muito. Aprendi a tocar e exercer a profissão de DJ/Seletor através de amigos que eram profissionais na área e me ajudaram dando dicas e aulas. Com o tempo fui e adquirindo experiência e crescendo nessa profissão.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?  

Bruno Dub: Acho que tenho influência de quase todas as partes musicais: Rock, Reggae, samba, Afrobeat, Maracatu, Rap, Soul. Acho que nenhuma delas deixou de ter sua importância, mas hoje em dia o meu foco é no Reggae.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira de DJ?  

Bruno Dub: Comecei minha carreira como DJ/Seletor em 2006, investindo, pesquisando, estudando. Aumentando meu acervo musical, gravando dubplates , comprando discos e equipamentos digitais. Em 2007 tive a minha primeira Mixtape lançada, “Raízes no controle” VL.1. Disponibilizada no meu soundclound.
Em 2009, eu comecei a atuar nas festas sound systems em bares, casas de shows e locais abertos ao público. Tive a oportunidade de me apresentar em grandes festivais de reggae no sul de Minas Gerais, no grande evento de artes negras, FAN (festival de artes negras) e na virada cultural de Belo Horizonte – MG. Tocando também em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo.  Em 2014 fiz uma turnê pelo Nordeste e no início de 2015 a convite do coletivo beat selecter brasil, fiz a minha primeira turnê internacional na América do Sul, no Caribe colombiano. No total foram realizadas 11 apresentações em quatro cidades visitadas. Pode-se dizer que desde de 2006 estou nessa caminhada.

06) RM: Quais motivos levaram você escolher o repertório de Reggae?  

Bruno Dub: Assim como o RAP e o Rock que são músicas de mensagem e de protesto, o Reggae veio na minha vida com esses ideais. Além de ser uma música de revolução, o reggae é muito espiritual. Uma música que faz dançar e pensar, faz ver as coisas por outro ângulo e ser uma pessoa melhor. Isso foi primordial para fazer minha escolha pelo Reggae e se tornar DJ.

07) RM: Como você escolhe o seu repertório? 

Bruno Dub: Eu não sou de escolher repertório, quando vou tocar levo tudo que tenho, discos e músicas em formato digitais, na hora toco um pouco de todas vertentes da música jamaicana, tendo a visão e procurando animar todos que estão na pista.

08) RM: Você é colecionador de disco?  

Bruno Dub: Sou colecionador. Tenho 300 discos, alguns são prensagem original, outros não.

09) RM: Qual a importância do colecionador de disco?  

Bruno Dub: O colecionador de discos é uma figura muito importante, por que além de ter muitos discos raros, tem um conhecimento que muitos não têm, com um acervo vasto de discos obscuros que poucas pessoas tem a chance de ouvir e conhecer.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?  

Bruno Dub: Admiro Diversos. No reggae minhas referências maiores são:  Bob Marley, Barrigton Levi, Mykal Rose, Dennis Brown, Cedric Myton (The Congos), Judy mowatt,  Sister Nancy, Anthony B, Horace Andy.

11) RM: Apresente seu set up equipamentos.

Bruno Dub: Toca disco MK2 ORIGINAL technics, mixer mesa de som 6 canais, placa de áudio, controladora DJ, discos de vinil, arquivos de músicas WAV, Mp3. microfone, fones de ouvido, notebook.

12) RM: Quais são seus principais equipamento para começar a função de DJ?

Bruno Dub: Todos são fundamentais, mas para começar a testar o som e executar a função de DJ os principais são a controladora, mesa de som, notebook para ganhar tempo para ligar o restante das coisas.

13) RM: Quais as diferenças de entre usar um notebook como tocador de mp3 através de um programa como toca discos e os próprios toca discos?

Bruno Dub: A diferença é a qualidade no som. A equalização das frequências sonoras e a estética. Quando você toca somente no formato digital com um notebook e um programa sem usar placa de som e controladora existe perda da qualidade do som. Temos que ficar equalizando até tentar chegar em uma boa qualidade sonora, pois o volume do notebook e o formato do som não entregam a mesma qualidade de uma placa, uma mesa e uma controladora de som. Quando tocamos usando toca discos com boas agulhas, um mixer e somente discos de vinil, a equalização e mais prática por que as frequências dos discos são bem fáceis de sentir e equalizar. Sem contar que o som do vinil é muito mais potente do que um som no formato digital.

14) RM: Quais os melhores periféricos e indispensáveis para o DJ?  

Bruno Dub: Toca discos, mixer e controladoras de boa qualidade.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Bruno Dub: Criação de conteúdo, parcerias, lives, programas e patrocínios.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira de DJ?

Bruno Dub: Escrever projetos, fazer lives em parceria com outros canais que patrocinam, divulgar os meus trabalhos nas plataformas digitais, promover as próprias festas.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira de DJ?  

Bruno Dub: A internet ajuda fazendo o meu trabalho alcançar qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Mas também prejudica muito com a quantidade de distrações irrelevantes que competem com bons trabalhos e acabam atrapalhando o acesso.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Bruno Dub: A vantagem do home estúdio é que hoje em dia qualquer um com determinação e foco consegue gravar sua própria música, porém a qualidade técnica e profissional as vezes se perde por falta de experiência ou equipamentos.

19) RM: O que você faz efetivamente para se diferenciar como DJ  dentro do seu nicho musical?

Bruno Dub: Procuro investir em discos raros, pesquisar músicas novas, gravar dubplates exclusivas com cantores nacionais e internacionais para tocar nos bailes. Eu faço conexão com outros músicos, Djs e produtores de outros Estados para ir tocar fora e divulgar mais o meu trabalho. Eu procuro sempre trabalhar bem os meus canais de divulgação, sempre lançando alguma mixtape focando a divulgação não somente em meu público.

20) RM: Como você analisa o cenário musical para o DJ. Em sua opinião quais os DJs foram as revelações nas últimas décadas e quais regrediram? 

Bruno Dub: O Brasil é vasto e rico na música, e no cenário musical os Djs sempre estiveram firmes fazendo bons trabalhos e representando, não só aqui no nosso país, mas no mundo.  Falar em revelação não dá para deixar de falar do Alok. Não é minha referência musical, mas eu vejo todo lado empreendedor e musical do Alok, crescendo. Não é à toa que no Brasil quando fala em DJ, Alok, vem como a referência de sucesso inclusive lá fora. Outra referência de muitos é o Dj VINTAGE CULTURE, um Dj que foi eleito pela Forbes como uma das 30 personalidades mais influentes do Brasil. São referências de sucesso, mesmo não sendo do meu gosto musical. Mas eu acho que se tem algo que ajuda a regredir não são músicos Djs em si, e sim as ações e posicionamentos de determinados veículos de divulgação, como rádio e TV, não renovam suas programações. A grande mídia não tem intenção de promover nada, que não proporcione lucro eminente e que não seja do seu grupinho. Além de só promover músicas sem conteúdo.

21) RM: Quais os DJs já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística? 

Bruno Dub: JAH SHAKA é a minha maior Referência no Reggae sound system.

22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?

Bruno Dub: Não receber cachê e falta de condições técnicas, acredito que todo músico já deve ter passado por isso. Uma vez entraram em contato comigo combinando para eu tocar em um evento, fechamos tudo certo. Quando terminei de tocar, eu e mais um Dj fomos ao Bar pedir uma água, e o dono do espaço não cedeu as garrafas de água. Tivemos que pagar por elas, e ainda para piorar a situação no final do evento não pagaram meu taxi que estava combinado, tive que pegar ônibus com todos os meus equipamentos correndo risco de ser roubado no ponto de ônibus.

23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira de DJ? 

Bruno Dub: Fico muito feliz e não tem preço quando o meu trabalho consegue atingir e conectar os corações de quem escuta tanto no brasil como em outros países! O que me deixa triste é ver uma competitividade desnecessária por parte de alguns no meio musical, pois tem espaço para todos e o seu trabalho fala por si só, não precisa de rasteiras ou disputas de ego.

24) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira como DJ?  

Bruno Dub: Estude, tenha foco, muita determinação, perseverança e ação! Não desanime com as pedras que terá no seu caminho, e nem pelo caminho que terá que ser percorrido! O que você fizer faça pela sua arte, não pensando somente em grana. Se você se dedicar com amor a sua arte e ao som que você acredita irá longe e terá o seu devido reconhecimento de um público fiel. Faça de coração, você por si só já é um sucesso!

25) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Bruno Dub: Eu vejo a grande mídia bem elitizada e totalmente corrompida, sem contar os determinados  grupinhos e estilos que priorizam e deixam de lado outros.

26) RM: O circuito de Bar na cidade que você mora ainda é uma boa opção de trabalho para o DJ?

Bruno Dub: Sim, em Belo Horizonte – MG ainda tem alguns bares e locais que dão o devido suporte para trabalhar e ganhar uma grana com o que gostamos.

27) RM: Você acha que o DJ tomou o lugar do músico ou banda?

Bruno Dub: Eu acho que não, O DJ hoje em dia tem se destacado mais e vem se destacando pelo comprometimento e o foco, não que os músicos e as bandas não tenham. Mas o público vem aprovando esse formato de DJ em bares, palcos e locais aberto. Agente tem feito por merecer, e estamos sempre correndo atrás.  Como eu disse, tem espaço para todos apresentarem o seu trabalho, bastar ter comprometimento e foco.

28) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Bruno Dub: Eu vejo o cenário do reggae brasileiro, com grandes músicos.  Os pioneiros do reggae no Brasil continuam na atividade, mesmo alguns tendo a carreira consolidada como a banda Tribo de Jah, Edson Gomes“Ponto de Equilíbrio”. Assim como a nova geração que tem grandes talentos e vem pedindo passagem a muito tempo!  O reggae é massa, uma música de mengam muito forte e consciente, a verdadeira escola da vida. Mas não posso deixar de falar que mesmo com grandes músicos a cena reggae é muito desunida e vem de muito tempo. E se tivesse mais união na cena, seria melhor para todos e a visibilidade teria um peso maior. Eu ainda gostaria de ver alguns nomes de peso do reggae participarem do mainstream brasileiro. O Monkey Jhayam vejo indo por um caminho que eu gosto, além de ser uma referência. E para o Reggae bombar além de união é preciso que também seja propagado de forma justa e sem podas midiáticas, seja por conta do jabá ou por elucidação do povo.

29) RM: Você é Rastafári?  

Bruno Dub: Sou cristão.

30) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?

Bruno Dub: Eu vejo as coisas assim: cada pessoa pode pensar, achar e acreditar no que quiser. O grande lance está em você e no que você faz e acredita! Eu prefiro seguir acreditando no meu som e na forma que é feito o meu trabalho, sem questionar ninguém por que ele faz um som A ou B. Se eles escolheram acreditar nisso. Está tudo bem! O que não pode acontecer é você desanimar por que alguns pensam diferente do que você faz e acredita!

31) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?

Bruno Dub: informações, organização, culturas, educação e principalmente valorização da cena reggae. Falta a galera no Brasil focar mais nisso, trabalhar mais unido sem ego e tretas para fazer o reggae crescer até chegar no patamar da Europa. No brasil eu vejo que muitos gostam de reggae, acham legal, mas poucos tem interesse de se aprofundar na história. Muitos pensam que quem curte reggae é só good vibes, mas a base desse estilo tem raízes profundas no ativismo preto contra supremacia branca. Reggae é revolução, música do gueto assim como o RAP que são da mesma escola com os Djs e Mcs pegando a referência do sound system jamaicano.
32) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System? 

Bruno Dub: Os prós são os paredões de caixas de som que vem com um peso diferente para esse formato de evento, tanto na rua como em locais fechado. E para quem toca e canta é uma maravilha por que o som ecoa diferente chegando em todos e batendo redondo e bonito! Uma energia boa e única para quem toca canta e quem curte na pista. O contra são as manutenções nos equipamentos e caixas de som, que costumam ser bem caros e árduos.

33) RM: Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?

Bruno Dub: Bandas são orgânicas, conseguem deixar a batida render deixando a vibe fluir numa boa com uma intensidade diferente. Quando me apresento em um evento ou festival com bandas, procuro tentar fazer uma seleção na mesma pegada para não fugir muito da Proposta. Sound System é mecânico, com Djs /seletores, selecionando as músicas, operadores regulando o som, toasters e Mcs cantando interagindo, e não deixando a vibe cair. Nesse formato geralmente não tem pausa e tudo flui mais rápido, o que acontece e somente a troca de Djs /Seletores, e Vertentes das músicas. São formatos bem distintos, mas ambos muito eficientes em suas premissas.

34) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha?  

Bruno Dub: Foram Peter Tosh, Jimmy Cliff e especialmente Bob Marley, os responsáveis por disseminar a cultura rastafári pelo mundo através do reggae, que ganhou espaço no mercado da música a partir da década de 1970. A partir de então criaram uma imagem de que a ilha jamaicana é totalmente legalize com muito reggae rolando. Apesar de ser um símbolo para a Jamaica, a maconha foi legalizada apenas em 2015, para uso medicinal e religioso. A lei se aplica apenas ao uso medicinal e religioso. Isso significa que, em teoria, não é qualquer pessoa que pode comprar e fumar maconha ao deus-dará na Jamaica. A erva ainda é muito marginalizada, poucos abrem a mente pra entender que e uma planta de poder e tem diversas funções medicinais, espirituais, e de cura.

35) RM : Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?

Bruno Dub: Não tem como falar do reggae sem falar da cultura rastafári, porém nem todo reggae é rasta e nem todo rastafári faz reggae.

36) RM: Quais os seus projetos futuros?

Bruno Dub: Continuar fazendo meu trabalho, procurar outras formas de  ser mais Visível pro público, Seguir  fomentando a cena e a cultura reggae .

37) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Bruno Dub: (31) 99175 – 3656| [email protected]

Facebook – https://www.facebook.com/bruno.dub.9
Instagram – https://www.instagram.com/brunodubb
 

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCzRcFSGcuN-y_l_4Cg7_o3Q 

MIXTAPE – RAÍZES NO CONTROLE VOL.1: https://www.youtube.com/watch?v=HfRoddD–Ug 

LORDPOW-MX Mixtape: https://www.youtube.com/watch?v=vGnbHzsacDs 

Hip Hop Reggae Mixtape: https://www.youtube.com/watch?v=1zGTPNkXAkA 

Escaleta Vibes #1: https://www.youtube.com/watch?v=5qdkHpQmNf4 

Escaleta Vibes #2: https://www.youtube.com/watch?v=U7CU5T3kaHc 

Escaleta Vibes #3: https://www.youtube.com/watch?v=RrZFqYBu4n0 

Soundcloud – https://soundcloud.com/brunodub-1

M -Xcloud – https://www.mixcloud.com/brunodub9


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