Valdi Afonjah

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Estabelecendo um elo entre a tradição pernambucana, a música brasileira e mundial. AFONJAH cria um som original, com letras fortes que procuram alertar sobre várias questões sociais e espirituais.

Valdi Afonjah começou sua carreira no Recife no final da década de 70, com o Grupo Raízes, em 1988 gravou o LP Negra Magia e no ano seguinte foi para França e depois Suíça onde residiu por alguns anos. Trabalhando e vivendo fora do Brasil.

Fez turnês pelo continente africano e europeu conhecendo Aston “Familyman” Barret (Baixista da banda de Bob Marley, The Wailers), o que resultou em uma temporada na Jamaica, incluindo gravações e meses de trabalho na ilha.

Sua música é composta de ritmos como Maracatu, Reggae, Dub, Samba, Coco, Afrobeat entre outras linguagens, criando uma alquimia musical genuinamente pernambucana e brasileira que vem defendendo há mais de 35 anos.

Um homem preto, africano brasileiro, nordestino filho de Xangô. Valdi Afonjah, antes de tudo é um ativista pela luz, pela paz, pelo amor, mas também músico, compositor e cantor desde os doze anos vivendo com a arte, com a música independente no Brasil e pelo mundo também.

A música faz parte de sua vida desde a infância; seu pai era cantor de serestas, tinha um toca-discos ABC e uma discoteca muito variada, escutava de tudo, começou a estudar música sozinho, por correspondência. Aos doze anos cantava com um grupo na escola, em Grêmios (festas realizadas nas escolas) e festas de aniversário, em Centros Sociais das periferias do Recife, como Mustardinha e Afogados, a partir disto começou a participar dos festivais de música no final dos anos 1970.

Suas grandes influências foram sua mãe, meu pai e seus discos da música brasileira dos anos 1950, além de grandes cantores/ compositores brasileiros, enfim a natureza e tudo que o cerca. Ele vibra com a energia cósmica e transformar a música, em sua ferramenta de trabalho, trazendo sempre uma experiência positiva sempre.

Participou de grandes festivais, sempre faz participações nas festas de ciclos carnavalesco, junino, natalino, nas cidades Pernambucanas. Durante o ano participar de eventos que promulga a arte pernambucana, principalmente o reggae.

Segue abaixo entrevista exclusivo com Valdir Afonjah para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa 09/11/2025:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Valdi Afonjah: Nasci no dia 20/08/1964 em Recife – PE. Registrado como Valdir Fernandes Rodrigues.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Valdi Afonjah: A música está na minha vida desde criança, pois meu pai (Vanildo) era cantor nas serestas além de que tinha uma discoteca vasta de música brasileira e internacional. Os meus tios: Arnaldo (que era o mais velho e já falecido) e Nido (irmão da minha mãe e que vive no Rio de Janeiro e é da Ala de compositores da Escola de Samba Tradição), eles tocavam violão, cavaquinho, percussão. A música estar na base da minha família.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Valdi Afonjah: Comecei a estudar Violão por correspondência ainda muito jovem, aprendi basicamente sozinho como autodidata. E depois estudei no curso Técnico de Músicas e Licenciatura em Música na UFPE, mas não terminei. E depois fiz cursos de tecnologia musical, trabalhei em estúdio como produtor musical.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Valdi Afonjah: A minha principal influência é meu pai e minha família, depois vem tudo que ouvi do Frevo ao Jazz, passando pelo Reggae ao Samba e Blues e mais recente a música da Mata Norte de Pernambuco. Eu toquei em Conjuntos de Baile e Orquestras que foram muito importantes na minha formação. E todas essas influencias continuam sendo importantes.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Valdi Afonjah: Em 1976, aos doze anos de idade, comecei a me apresentar nos conjuntos musicais da escola como cantor no Recife – PE. E aos quinze anos de idade comecei a tocar nas praças no centro do Recife e a participar de festivais de música regional com o grupo Raizes. A partir daí vieram projetos maiores, como o Projeto Pixinguinha nos anos 80, Noite da Beleza Negra em Salvador – BA. E Festival Internacional de Música Negra em São Paulo e não parei mais…

06) RM: Quantos álbuns lançados?

Valdi Afonjah: Eu lancei em 1988 o LP – Negra Magia pela Colibri/Continental. Um segundo LP que não foi lançado oficialmente. Em 1997, lancei o CD – Afonjah, Gravado no Dicover Estudio – Rio de Janeiro – RJ no ano de 1996 Produção Fonografica : Carlos Trilha e Afonjah. Lançado em 1997 tem participações do Daruê Malungo e arranjos de metais do Maestro Spok. Ficha técnica: Bateria – Eduardo Constant. Baixo – Marcos Pessoa e Afonjah. Guitarra – Paulinho Loureiro e Afonjah. Teclados – Carlos Trilha. Percussão – Afonjah.

Em 2002, lancei o CD – Cambinda Dub. Gravado no Orbita Studio – Rio de Janeiro -RJ 2001/2002 – Produção Fonográfica: Carlos Trilha, Fernando Morello e Afonjah Lançado em 2002. Ficha técnica: Bateria: Ed Martins. Baixo: Afonjah. Guitarra: Claudio Costa. Teclados: Carlos Trilha. Programações: Fernando Morello e Carlos Trilha. Percussão: Jo Reis, Eder o’Rocha. Além de vários singles lançado nas plataformas.

Em 2003, foi lançado o projeto Duo Brazil em parceria com o percussionista Múcio Queiroz que foi gravado na Suíça.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Valdi Afonjah: O meu trabalho é essencialmente musica brasileira conectada com o mundo.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Valdi Afonjah: Estudei um pouco de técnica vocal, pois teve um período que cantei em corais em Recife – PE.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Valdi Afonjah: Acho que quando usamos nosso recurso vocal com consciência temos menos chance de prejudicar a voz, acho importante para quem canta conhecer um pouco a técnica vocal, ajuda bastante.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Valdi Afonjah: São muitas, as principais: Elza Soares, Leni Andrade, Amelinha, Zizi Possi, Gal Costa, Milton Nascimento, Luiz Melodia, Bob Marley, Burning Spear, Peter Tosh, Luiz Gonzaga, meu pai (Vanildo), Mestre Zé Duda, tem muitos outros e outras, mas esses já dão uma ideia do que tenho como referência musical.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Valdi Afonjah: Eu componho de muitas formas, as vezes escrevo a letra e depois ponho a melodia e vice-versa, não sigo uma regra.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Valdi Afonjah: Tenho muitos parceiros musicais, o mais recente é Jorge Mautner que tive a sorte de compor duas canções. Em Recife tenho muitos: Ívano Nascimento, Lepê Correia, Mestre Zé Duda, entre outros,

13) RM: Quem já gravou as suas músicas?

Valdi Afonjah: Não faço música por encomenda (risos), mas mais recentemente a banda Ed gravou Rainha Matamba (minha com Lepê Correia).

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Valdir Afonjah: Um artista, seja músico, ator ou pintor, mesmo que tenha algum contrato com gravadora ou empresa. Ele sempre será independente e vai precisar se organizar e ter estratégias, pois em algum momento precisará continuar por si, na vida terá sempre dias bons e outros nem tão bons. A música é minha missão de vida e sigo cumprindo ao longo desses 40 anos, com muito amor, dedicação e devoção.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Valdi Afonjah: A melhor estratégia para um músico é ser resiliente, trabalhar duro e ter boas conexões, pois o sucesso depende muito do que você projeta para sua vida.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Valdi Afonjah: A ação mais empreendedora que podemos ter num sistema como esse que estamos é não criar expectativas demais e trabalhar com uma dose grande amor, talvez a minha trajetória não seja um exemplo de empreendedorismo, pois eu sou um outsider convicto (risos).

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Valdi Afonjah: A Internet é uma boa ferramenta desde que não dependemos só dela, como falei antes. A minha vivência com música vem desde os conjuntos de baile em que tínhamos que interagir e conquistar o público com um trabalho de alto nível musical e no corpo a corpo. A Internet e as redes sociais ótimas alternativas para promoção e divulgação do trabalho em conjunto com outras frentes, pode ser bem interessante, mas o que não podemos é nos limitar só a essa ferramenta.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Valdi Afonjah: Acho interessante no processo de criação e pré-produção, pois no home studio adiantamos muita coisa, o que já facilita chegar no estúdio com algumas coisas definidas, como bpm, arranjo e alguns instrumentos de base já gravados ou seja o home studio é uma mão na roda.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Valdi Afonjah: Acho que o diferencial é o meu show ir conquistando o público no corpo a corpo, sentindo a vibe das pessoas. Acredito no sentimento e em tocar o coração das pessoas através da música.

20) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Valdi Afonjah: Tem muitos músicos e artistas da música que tenho como referência, não dá pra citar todos, mas vão alguns: Luiz Melodia, Milton Nascimento, Belchior, Gilberto Gil, Robertinho Silva, Nana Vasconcelos, Maestro Duda, Mestre Zé Duda, Jorge Mautner, Alceu Valença, Lia de Itamaracá, Bob Marley, Selma do Coco, Peter Tosh, Buddy Guy, Amelinha, Zé Ramalho, Cátia de França, Luiz Gonzaga Anastácia, Jackson do Pandeiro, Sting.. a lista grande, poderia passar o dia escrevendo nomes…

21) RM : Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Valdi Afonjah: Já aconteceram todas essas situações citadas na pergunta e mais algumas (risos).

22) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Valdi Afonjah: A minha felicidade com a música é estar sempre criando e se reinventando a cada dia. A parte triste é que o músico a cada dia é menos valorizado, é bem triste. A música e o músico nos conectam a muitos pontos importantes da nossa vida, dentro de uma sociedade em que a vida perde o valor a medida que o tempo avança, mas quero crer que um dia mudará em algum momento, tenho fé na minha missão!

23) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Valdi Afonjah: O jaba é uma conta que nunca fecha e os interesses financeiro estão além de qualquer qualidade artística. Agora com as plataformas de streaming essa história irá pra um outro formato, hoje não se depende só das rádios como em outros tempos.

24) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Valdi Afonjah: Eu digo: seja autêntico e siga o seu coração!

25) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Valdir Afonjah: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira poderia realizar festivais de música como antes para revelar novos compositores/as e cantores/as e ter mais espaços para os artistas que estão fora do mainstream (mercado comercial).

26) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Valdi Afonjah: Esses espaços são de grande importância, principalmente para o novos artistas e os independentes, é a melhor forma hoje que o público tem de conhecer os novos artistas independentes.

Cada vez mais precisamos de espaços assim, pois não existe só o meanstream, a musica comercial, existem outros artista e músicos que precisam ser vistos e ouvidos e que estão fora do grande mercado comercial, mas são tão grandes e importantes quanto, por isso a importância desses espaços, e que se abram mais espaços assim em todo Brasil.

27) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Valdi Afonjah: É bem difícil falar, pois em cada região do Brasil o Reggae tem uma história diferente. Tem muitos bons artistas: Edson Gomes, Tribo de Jah, Leões de Israel, Banda Vibrações, Marcelo Santana, Cubana Rasta, Aninha Marley, Sound System Digital Dubs, Sound System Reggae pelo Reggae, Sound System Leão Conquistador, entre outros. A cena hoje está bem abrangente em todo Brasil e a informação circula muito mais do que antes. Eu juntamente com Ívano Nascimento (in memorian) plantamos sementes lá no final dos anos 1970 e hoje estamos vendo os frutos e assim vai com as bênçãos de JAH.

28) RM: Você é Rastafári?

Valdi Afonjah: Sim.

29) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?

Valdi Afonjah: Não sei quem fez tal afirmação, mas Rastafári antes de ser religião é título de nobreza (somos súditos do Imperador Haile Selassie e da Imperatriz Menen Asfaw ) e o movimento de emancipação mental e consciência espiritual. O Reggae tem suas origens na Jamaica e isso tem que ser sempre considerado e lá é terra de grandes músicos, mas o Reggae é Patrimônio mundial e hoje o reggae está em todo mundo.

Acho essa afirmação um pouco equivocada com todo respeito a quem falou. É um pouco contraditório, pois contrasta com as ideias do movimento, se fosse assim o Mikey “Mao” Chung guitarrista que é sino-jamaicano, jamais teria espaço na banda do Peter Tosh (risos). E na banda de Bob Marley tinha All Anderson que era norte-americano, assim como o Dom Pepe que era brasileiro e tocou percussão com The Wailers em 1990.

30) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?

Valdi Afonjah: Acho que um dos pontos é o idioma Inglês, mas acredito que com o tempo mudará esse fato.

31) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System?

Valdir Afonjah: São formatos distintos (Sound System e Banda), com funções distintas e cada um ocupa seu espaço e tem sua importância histórica e cultural.

32) RM: Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?

Valdi Afonjah: A banda é um formato mais orgânica com maior dinâmica sonora e com mais espaço para o improviso. No Sound System na maioria das vezes o som já vem pronto (playback), mas também não é algo tão simples de fazer, requer uma força interior muito grande pra tirar o sentimento do som mecânico. É uma outra expressão artística e bem diferente de ser acompanhado por músicos de uma banda.

33) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha?

Valdi Afonjah: A Ganja (cannabis sativa) é um remédio e é preciso ter cuidado com o uso pra não se tornar abuso. Na Jamaica é muito forte a cultura das ervas, não só da Ganja, pois vem das heranças indígena, africana e indiana com o shivaismo. Tem muitos descendentes de indianos na Jamaica, que foram pra lá ainda quando a Índia era colonizada pela Inglaterra.

Essa mistura gerou uma percepção da Ganja bem diferente do que é no Brasil e em outros países, para quem conhece a Jamaica e a Cultura Rastafári, sabe que uso da Ganja é algo natural assim como Ackee e Callaloo, Ackee (Blighia sapida) é a fruta nacional da Jamaica.

É uma fruta exótica, nativa da África Ocidental tropical, que requer preparação cuidadosa e o Callaloo (principalmente da espécie Amaranthus) é um dos vegetais de folhas verdes mais populares na Jamaica, a maioria das casas tem no quintal, então, o Reggae está dentro dessa cultura rica e genuína e o uso da Ganja é parte desse rico universo.

34) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?

Valdi Afonjah: De uma forma natural, mas nem todo cantor de Reggae é um Rasta e nem todo Rasta é um cantor de Reggae. O movimento Rastafári começou na Jamaica se espalhou pelo Caribe e hoje está em todo mundo. O Reggae e o Rastafári tem caminhos distintos mas andam juntos, pois não tem como dissociar um do outro, sempre estarão ligados. E como cantava Bob Marley: Roots Rock Reggae: a Reggae music.

35) RM: Quais os seus projetos futuros?

Valdi Afonjah: O futuro é o presente, seguir compondo, tocando e gravando, pois ainda é só o começo e a música não pode parar, a música de JAH é eterna.

36) RM: Quais seus contatos?

Valdi Afonjah: O contato para Shows é Mamahuê – Prod. Culturais e Afins – (81) 9828 – 0111 | [email protected] | https://www.instagram.com/valdiafonjahoficial

Canal: https://www.youtube.com/@afonjah

Frevo Caboclo – Afonjah e Flaira Ferro: https://www.youtube.com/watch?v=MYah7MsPZAU

Ciência – Afonjah: https://www.youtube.com/watch?v=m2xnz5cpmS4

Rainha do Congo – Afonjah: https://www.youtube.com/watch?v=513wRxdqbQQ

Valdi Afonjah Ragga Kayana: https://www.youtube.com/watch?v=7L1_RjhGKq4

Valdi Afonjah – África pernambucana: https://www.youtube.com/watch?v=lpv-wWhb8dg&t=58s

Caxinguele – Afonjah: https://www.youtube.com/watch?v=fH3ktVvDgNc

Videoclipe João Candido da banda Afonjah, finalista VMB 2002: https://www.youtube.com/watch?v=ivy0T6mv7W4

Carbureto – O Menino Encantado: https://www.youtube.com/watch?v=hzISMTeCfUU

REPORTAGENS:
Jornal Olho Vivo da TV VIVA – 1988: https://www.youtube.com/watch?v=SRf0KhcN54A

Afonjah – EPK: https://www.youtube.com/watch?v=F49kro0Yr3Y

APRESENTAÇÕES:

8o Festival Coco de roda Zumbi Olinda : Valdi Afonjah- 2022: https://www.youtube.com/watch?v=CfsYmhgnlMU&t=51s

Festival Canavial – 2021: https://www.youtube.com/watch?v=Tp3XSXv6vcU&t=22s

Valdi Afonjah – Daruê Malungo, no II Grande Encontro Reggae Roots PE. – 2019: https://www.youtube.com/watch?v=xgSBZ7XcJX8

Afonjah’s Black Soul Jammed In The Streets of Olinda – março/ 2019: https://www.youtube.com/watch?v=cC07sdr838s

Valdi Afonjah no 15o Festival Cena Brasil – 2017: https://www.youtube.com/watch?v=J7TiukYNtj4

Afonjah no Festival Canavial de Limoeiro/ PE – 2017: https://www.youtube.com/watch?v=ExKapwKcbVk https://www.youtube.com/watch?v=hsCLVjGCd8c

Manuca Bandini e Banda na Rouge Creperia, Casa Forte, Recife/PE – 2016 https://www.youtube.com/watch?v=QphZhXQXDeo: Carnaval 2016 no Pátio do

Terço Recife – Agoye (afonjah/Jorge Mautner): https://www.youtube.com/watch?v=JTHW3Bx5QlE

Festival Coco de roda Zumbi Olinda : Valdi Afonjah – nov/2014: https://www.youtube.com/watch?v=eCzPIoAsyT8


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