Maikão celebra a força dos encontros em “Salve Gente Forte”. O primeiro álbum de estúdio do artista aposta na diversidade musical brasileira para transmitir uma mensagem de resiliência e otimismo.
O cantor e compositor Maikão celebra a resiliência humana em “Salve Gente Forte”, seu primeiro álbum de estúdio que estará disponível em todas as plataformas no próximo dia 14 de fevereiro de 2024. Lançado pelo selo “A Música Vive” e composto por nove faixas, o projeto mescla diferentes gêneros como samba rural, batuque de umbigada, seresta, ritmos afro-baianos, caipiras, toadas e elementos de música digital eletrônica em uma narrativa que transita entre o sensível e o vibrante, apostando em texturas que unem tradição e modernidade.
Fruto das experiências vividas por Maikão ao longo de sua trajetória, “Salve Gente Forte” reflete as vitórias, vivências e reflexões de sua caminhada. Completamente autoral, o álbum celebra a diversidade musical brasileira e todos os aprendizados que construíram a história do artista. “O processo de criação foi orgânico, começando com composições no violão e na percussão”, explica. “Trouxe elementos da MPB e mesclei com ritmos que dialogam com as raízes culturais e com meu estilo contagiante. Muitas faixas refletem experiências pessoais de superação, encontros e momentos de alegria, mas sempre com um convite à dança e à conexão”.
“Salve Gente Forte” representa a essência de Maikão como um artista que sempre buscou transmitir mensagens simples e, ao mesmo tempo, extraordinárias e otimistas. Para ajudar a construir essa narrativa, as faixas “Passa a Língua”, “Me Leva Na Boa”, “Viralizar Alegria” e “Juntim Nós Dois Num Cai” ganham uma live session em formato de voz e violão, com direção criativa de Diego Leandraujo, direção de fotografia de Gabriel Albertini e produção executiva de Gustavo Ferrari. O projeto contará, ainda, com um audiovisual gravado nos shows da nova turnê.
“Esse projeto é mais do que um álbum: é uma declaração de que resistir com alegria e amor é um ato revolucionário. Espero que sua sonoridade diversa, conduzida pela energia brasileira, seja um verdadeiro lembrete de que a nossa força está no encontro, na troca e na conexão com a consciência que nos faz seguir em frente”, finaliza.
Maikão é músico multi-instrumentista, compositor, cantor e pesquisador dos ritmos brasileiros, com forte ligação à cultura popular e à educação musical. Radicado em Piracicaba – SP, é regente do Baque Caipira, arte-educador da Terceira Idade em escolas públicas e já atuou com nomes como Francisco El Hombre, Maneva, Brasa, Yusa e Otto. Participou de projetos como o programa SuperStar e o Lollapalooza. Também é produtor de iniciativas culturais e atualmente desenvolve seu projeto autoral Salve Gente Forte.
Se destaca por sua abordagem única à música mestiça, um estilo que mistura diversos gêneros e influências culturais do Brasil. Ela é caracterizada pela fusão de ritmos tradicionais como o samba, o tambú e a seresta com elementos contemporâneos, como o reggae, o pop e a música eletrônica. O trabalho de Maikão é marcado pela diversidade sonora e pela valorização das raízes culturais do país, refletindo a complexa tapeçaria étnica e musical do Brasil.
Suas composições geralmente abordam temas sociais, urbanos e existenciais, utilizando letras poéticas e engajadas que dialogam com o cotidiano brasileiro. A música mestiça de Maikão celebra a riqueza das misturas culturais e expressa a identidade multifacetada da sociedade brasileira contemporânea, fazendo dele um importante representante dessa cena musical inovadora e plural.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Maikão para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 20/03/2025:
01) RitmoMelodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Maikão: Fui dado como morto na barriga da minha mãe. Nasci pré-maturo com seis meses, no dia 11 de janeiro de 1987, Ituverava – SP do lado de onde me criei, em Miguelópolis – SP. Registrado como Maicon Araki.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Maikão: Meu primeiro contato com a música foi na infância, ouvindo e aprendendo violão com meu pai e meu irmão. Mais tarde me apaixonei pelos batuques e pela bateria. Instrumento que comecei a praticar aos 12 anos. Mas antes disso, eu juntava algumas panelas velhas da minha mãe e ficava tocando com colheres de pau, pedaços de cabo de vassoura. Lembro também que os instrumentos da folia de reis as vezes “dormiam em casa” na época do Natal.
Vale contar que na escola levei uma advertência por batucar na carteira e fui encaminhado a uma sala para cumprir com tarefas de matemática. Na sala tinha uma porta que dava para outra sala. Nesta outra sala havia instrumentos de percussão da fanfarra que estavam empoeirados desde a década de 70. Em conversa com a professora de educação física, Dona Vevinha, ela incentivou eu e mais alguns amigos a tocarem estes instrumentos com vivências com dois irmãos que tocavam samba na cidade. Foi um encanto que me despertou amor por música coletiva. Que me influenciou muito na busca e nas pesquisas da diversidade cultural brasileira.
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Maikão: Minha formação é majoritariamente prática e da vivência. Fui autodidata até meus 18 anos de idade. Minhas primeiras aulas de bateria foi com Wagner José, o mestre Wagnão de Piracicaba. Logo após me ingressei no Conservatório de Tatuí – SP em 2006 até 2012. Em que estudei bateria, harmonia, percepção e pude aprender muito com as vivências e as práticas com ótimos professores e amigos.
Mas vou destacar que desde cedo, estudei e me aperfeiçoei como multi-instrumentista, baterista, percussionista, violeiro, violonista, além de trabalhar com musicalização para diferentes públicos. Estudei Comunicação Social na UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba (de 2004 a 2008).
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente? Quais deixaram de ter importância?
Maikão: Minhas influências incluem música caipira, Tião Carreiro e Pardinho, Pena Branca e Xavantinho, Milionário e José Rico, Cascatinha e Inhana. Ídolos da MPB como: Gilberto Gil, Djavan, Alceu Valença, Tania Maria, Elza Soares, Milton Nascimento, Wilson das Neves e muitos artistas da cena da música instrumental, como: Hermeto Pascoal, Heraldo do monte, Vitor Assis Brasil, Esperanza Spalding, Kath Jarret, Chick Corea, Jaco Pastorius, Luizão Maia, Arthur Maia, Dennis Chambers, Dave Holland, entre vários e várias que me influenciam.
Gosto muito de ritmos regionais brasileiros e as manifestações populares com certeza fazem parte de tudo que sou. O Batuque de umbigada, os sambas rurais, o Maracatu de baque virado, entre outras manifestações . Essas influências continuam sendo importantes para mim, pois minha sonoridade está sempre em diálogo com a riqueza rítmica do Brasil.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?
Maikão: Comecei tocando bateria e acompanhando artistas da cidade de Miguelópolis – SP e logo após mudei para Piracicaba e comecei a tocar acompanhando meu irmão que cantava e tocava baixo e violão.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Maikão: Tenho um EP – Ascender, um álbum – Salve Gente Forte e diversos singles disponíveis nas plataformas digitais. Ficha Técnica: Voz, Bateria e Percussão: Maikão; Guitarra, Baixo e Programação de Beats: Juca Natal; Celso Rocha e Juca Natal: Produtor Musical; Engenheiro de Som: Celso Roch.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Maikão: Meu estilo é definido como música mestiça brasileira, com uma energia dançante, envolvente e reflexiva.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Maikão: Sim, trabalho minha voz para manter qualidade e resistência vocal, principalmente por estar sempre em turnês e apresentações. Comecei esta prática quando integrei o coral da UNIMEP em 2005.
09) Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Maikão: É essencial para manter a saúde vocal e poder entregar uma performance consistente. A técnica ajuda a evitar desgastes e melhorar a expressividade.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Maikão: Admiro artistas como Gilberto Gil, Djavan, Milton, Chico Science, Tania Maria, Elza Soares, Rosa Passos, Marina Sena, José Rico, Otto, Wilson das Neves, Tiao carreiro, Lu Garcia, Ju Strassacapa, Mestre Valter, entre várias e vários ídolos.
11) RM: Como é seu processo de compor?
Maikão: Componho no violão e na percussão. Minha inspiração vem de experiências vividas, reflexões e a diversidade rítmica brasileira. Muitas vezes sonho com algo e desenvolvo nos meus roles no mato. Tenho música que nasceu na estrada, na angústia, na cachoeira , na trilha, no sofá de casa, junto aos meus bichos de estimação nos roles em meio a floresta.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Maikão: Minhas composições são majoritariamente autorais, mas já tive parcerias com outros músicos e produtores no desenvolvimento de algumas faixas. Já compus com Mateo da Francisco El Hombre, com Tales da banda Maneva, entre outras parcerias em composições populares.
13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Maikão: Desenvolver uma carreira musical de forma independente tem prós e contras bem marcantes, especialmente quando pensamos na liberdade criativa e na dificuldade de inserção no mercado. A autonomia artística é uma das maiores vantagens desse caminho. Sem a pressão de atender às demandas comerciais de uma gravadora, o artista tem controle total sobre seu som, imagem e mensagem, podendo experimentar diferentes estilos e narrativas. Além disso, a independência garante que os direitos autorais e os ganhos financeiros de shows, streams e produtos vão diretamente para o artista, o que pode tornar a carreira mais sustentável no longo prazo.
Outro ponto positivo é a conexão direta com o público. Com o avanço das redes sociais e plataformas digitais, o relacionamento com os fãs se torna mais próximo, permitindo estratégias de lançamento autênticas e personalizadas. Há também uma grande flexibilidade para escolher colaborações, seja com músicos, produtores ou designers, sem imposições externas, o que possibilita parcerias mais alinhadas à identidade do artista.
Por outro lado, a inserção no mercado ainda é um desafio. O circuito mainstream privilegia artistas com apoio de grandes gravadoras, dificultando o acesso a festivais, rádios e playlists de destaque. A competição por atenção é intensa, exigindo uma estratégia bem estruturada para conseguir espaço. Além disso, a sustentabilidade financeira é uma barreira significativa.
Produzir música de qualidade, videoclipes, material de divulgação e turnês exige investimento, e sem patrocínios ou contratos, muitos artistas precisam recorrer a editais, crowdfunding ou autofinanciamento, o que pode limitar as possibilidades de crescimento.
A desigualdade social também impacta diretamente quem deseja construir uma carreira musical independente.
Quem vem de um contexto de menos recursos enfrenta dificuldades maiores, já que o investimento em equipamentos, cursos, networking e marketing digital pode ser inacessível. Além disso, a concentração de oportunidades em grandes centros urbanos dificulta ainda mais para artistas periféricos ou de regiões menos privilegiadas.
Outro desafio é a sobrecarga de funções. O artista independente precisa gerenciar não apenas a criação musical, mas também suas redes sociais, negociação de shows, marketing e toda a parte burocrática, o que pode desgastar e tirar o foco da arte. No fim, ser independente permite que o artista siga sua verdade musical e construa um caminho autêntico, mas impõe desafios significativos para a sustentabilidade da carreira.
A falta de apoio financeiro e estrutura aumenta a desigualdade no acesso a oportunidades, tornando essencial buscar alternativas como editais, parcerias estratégicas e presença digital bem planejada. É um caminho que exige dedicação, criatividade e planejamento para equilibrar liberdade e viabilidade.
14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Maikão: Investimento em conteúdo digital, presença em festivais e shows estratégicos. Também crio projetos que unem música e educação, como oficinas para idosos e atuo com praticas de percussão em escolas públicas com jovens.
15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Maikão: Além da música, desenvolvo atividades com percussão para diferentes públicos e faço parcerias estratégicas com produtores e desenvolvedores de música e arte.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Maikão: A internet é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento da sua carreira musical, trazendo muitas oportunidades, mas também desafios. Ela amplia o alcance e a visibilidade do seu trabalho, permitindo que suas músicas e projetos cheguem a um público maior sem a necessidade de intermediários. Como suas músicas já estão disponíveis nas plataformas digitais, novas pessoas podem te descobrir com mais facilidade.
Além disso, a interação com o público se torna mais próxima, especialmente porque seu público-alvo valoriza cultura, música e conexões. A produção de vídeos voz e violão e a presença ativa nas redes sociais fortalecem essa relação, criando engajamento e proximidade.
Outro ponto positivo é a independência e o controle sobre sua carreira. Você pode lançar músicas, criar conteúdos e experimentar formatos sem depender de gravadoras, além de divulgar seus shows e projetos diretamente para quem já acompanha seu trabalho.
Há também diferentes possibilidades de monetização além do streaming, como financiamento coletivo, venda de produtos e patrocínios em redes sociais, que podem contribuir para a sustentabilidade da sua trajetória artística. A internet ainda facilita o networking e a criação de colaborações, permitindo contato direto com outros músicos, produtores e organizadores de festivais, o que pode abrir novas oportunidades.
No entanto, há desafios consideráveis no ambiente digital. A saturação do mercado musical na internet torna a concorrência intensa, e se destacar exige uma estratégia de conteúdo bem planejada. Mesmo com músicas autênticas, captar a atenção do público pode ser difícil. Outro obstáculo é a dependência dos algoritmos das plataformas, como Instagram, TikTok e Spotify, que nem sempre favorecem artistas independentes. Se um conteúdo não se encaixa bem nas regras dessas plataformas, ele pode ter um alcance limitado.
A monetização direta também apresenta dificuldades, já que o retorno financeiro do streaming é baixo e a venda de shows e produtos exige um trabalho constante de engajamento e promoção. Além disso, manter relevância no ambiente digital demanda a criação contínua de conteúdo, o que pode desviar o foco da sua produção musical.
Equilibrar essa necessidade com a criação artística se torna um grande desafio. Outro fator importante é o investimento necessário em marketing digital. Mesmo com boas músicas e presença online, anúncios e estratégias pagas muitas vezes são fundamentais para ampliar o alcance, o que exige recursos financeiros.
A internet te dá autonomia para construir sua carreira e alcançar seu público, mas também exige dedicação e planejamento para lidar com a concorrência e os desafios dos algoritmos. Apostar em conteúdos estratégicos, parcerias e um relacionamento autêntico com seu público pode te ajudar a crescer sem perder sua essência.
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Maikão: Facilita a produção independente, mas exige conhecimento técnico para garantir qualidade profissional.
18) RM: Como você se diferencia dentro do seu nicho musical?
Maikão: Minha identidade musical vem da mistura de ritmos brasileiros, percussão, programações eletrônicas e no meu álbum Salve Gente Forte com contém letras que falam de superação, sedução e celebração da vida. Também invisto em performances enérgicas e autênticas. Sou um cantor, baterista que toca de pé e componho músicas que dizem coisas sobre muita gente.
19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira?
Maikão: A MPB continua se reinventando, mas o espaço para novos artistas ainda depende de estratégias digitais, autenticidade, atitude e boas iniciativas.
20) RM: Quais as situações mais inusitadas que aconteceram na sua carreira musical?
Maikão: Já passei por situações como shows sem estrutura técnica, imprevistos no palco como falta de energia elétrica, mudanças inesperadas de repertório no meio da apresentação, já cai do palco uma vez (risos). Mas lhe dar com uma mente que se apoia na criatividade também sempre há o inusitado.
21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Maikão: Fico feliz com a conexão com o público e a possibilidade de tocar e emocionar pessoas de forma transformadora. Entristece-me a falta de valorização da música em alguns espaços e o afunilamento de grande parte das pessoas em apreciar música. Muita gente compreende essa arte transformadora como mero significado do entretenimento.
22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
Maikão: Acredito na aptidão , acredito no dom, mas também acredito na influencia da criação de um ser. Uma família que tem contato com música, que teve a sensibilidade de gerar um bebê com a música presente desde a gestação e em todo seu processo de desenvolvimento na infância com certeza fortalecerá o desenvolvimento musical desse ser humano podendo gerar a grande possibilidade de atuação profissional da música. Não acho que o dom existe sem estas condições e significados. Mas uma coisa é certa o estudo e a prática são fundamentais para desenvolver qualquer talento.
23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Maikão: Para mim, a capacidade de criar no momento, com base em conhecimento e sensibilidade musical é uma grande arte. A improvisação é um estágio de entrega, entendimento e capacidade que se adquire com muito estudo, prática, visão e sensibilidade.
24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Maikão: A improvisação tem uma base de estudo, mas também envolve espontaneidade e resposta ao momento. Para improvisar é necessário conhecer linguagens e identidades musicais. Isso é uma consequência de muito estudo e pesquisa. Não podemos confundir improvisação com “coragem de se expressar”.
25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Maikão: Os métodos expandem a criatividade e o conhecimento, mas podem limitar se forem seguidos de forma rígida e sem fundamento.
26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Maikão: O estudo de harmonia nos ajudam na compreensão da música esclarecendo e ampliando possibilidades de criação. Porém podem tornar a música muito teórica se não houver experimentação e linguagem.
27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá suas músicas tocarão nas rádios?
Maikão: É difícil, pois envolve premissas além da música. Há uma interação direta da indústria da música com outras indústrias. Isso limita a diversidade artística. Pois o comando desse veículo carrega uma indução social. Temos comprovações escancaradas dentro desse mercado. Basta perceber, por exemplo, a relação entre a música “sertaneja” e o agronegócio.
28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Maikão: Existe ampla possibilidade de desenvolvimento de carreira na música. Sendo cantor, músico, professor , produtor , diretor, etc. Mas ser persistente, estudar, criar boas relações, ter essência, desenvolver identidade, ter qualidade e dedicação são grandes passos necessários para construir uma carreira concreta.
29) RM: Festival de Música revela novos talentos?
Maikão: Sim, muitos artistas surgem em festivais de música, mas o pós-festival é o que define a continuidade da carreira.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Maikão: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira ainda é limitada para artistas independentes, mas a internet tem permitido outras formas de divulgação.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para a cena musical?
Maikão: São fundamentais para a diversidade cultural e dão suporte a artistas independentes. São necessários é tem muito valor.
32) RM: Quais os seus projetos futuros?
Maikão: Seguir divulgando Salve Gente Forte, lançar vídeos em formações diferentes, interagir com mais artistas na minha onda e fora dela e expandir minha música para mais gente forte.
33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Maikão: https://www.instagram.com/maikaosoueu
Canal: https://www.youtube.com/c/MAIK%C3%83Osoueu
Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=Rne85BnNkSU&list=PLWJL1jqaKNv6MNSPINU-zMagJDA_OiFAs
https://onerpm.link/SalveGenteForte
“Salve Gente Forte”, Maikão! Trabalho muito bom! Salve sua bela entrevista e sua história de vida! Parabéns, Maikão e ao exímio jornalista Antonio Carlos pelo lindo trabalho!