More Gi Silva »"/>More Gi Silva »" /> Gi Silva - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Gi Silva

Gi Silva
Gi Silva
Compartilhe conhecimento

O cantor, ator, compositor, músico alagoano Gi Silva faz 13 anos dedicados ao teatro e a música.

Gi Silva é um dos fundadores da Cia LaCasa e está no elenco de “Negreiros” e “A Mulher Braba”. Em “Negreiros”, compõe o elenco com Abides Oliveira e é responsável com Gama Júnior pela trilha musical da peça. No espetáculo “A Mulher Braba” faz parte do elenco e é responsável pelas composições da peça teatral.

Desenvolve, com a Cia LaCasa, uma pesquisa e estudo para o novo espetáculo do grupo. Trabalhar atualmente, junto com a Abides Oliveira, no desenvolvimento do trabalho “Minha Pele”, sobre a luta contra o racismo e a violência contra o povo negro.

Em 2018, participou das audições do musical sobre a vida de Dona Ivone Lara, em São Paulo (em duas etapas: canto e dança); da Feira Afrocriativa (Rede Cenafro), com seu trabalho solo “Minha Pele”; e do III Em Cantos de AlagoasFestival de Música da Secretaria de Cultura de Alagoas. Fez parte da banda “RaizKanoa”, até 2018, como vocalista e compositor.

Gi Silva tem passagens pelos grupos Joana Gajuru (espetáculos Fritzmac e Uma Canção de Guerreiro), Fulanos & Sicranos (Breu da Caçupemba), Cravo (Um Trem de Histórias) e em instituições importantes de Alagoas, no setor cultural, como Sesc (Residência Cênica, com a peça Peleja Razão Mutilada), Sesi e Sebrae.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Gi Silva para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 31.08.2020:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Gi Silva: Nasci no dia 6 de janeiro de 1978 em Maceió – AL. Registrado como Gidelson Costa da Silva. 

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música. 

Gi Silva: Como muitos músicos eu comecei na igreja e a minha família também é muito artística. Desde muito cedo também comecei no Teatro observando as minhas irmãs.

03) RM: Qual a sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?

Gi Silva: Na música eu sou autodidata. A minha vivência no âmbito Cultural foi crucial pra minha formação artística musical.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Gi Silva: Por ser nordestino e por ser apreciador da nossa Cultura as minhas influências partem dos nossos mestres, folclore, folguedos e manifestações da multiplicidade cultural da nossa região. Nenhuma influência deixou de ter importância, pois mesmo tendo a consciência de evoluir, eu sempre busco honrar os que lá atrás deixaram um alicerce firme no solo da cultura brasileira.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira profissional?

Gi Silva: Comecei com o primeiro grupo de Teatro Popular de Alagoas em paralelo fui descobrindo aptidão para o canto na igreja católica.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Gi Silva: Nenhum ainda, pois entrei na era digital de lançamentos de músicas pontuais. Já tive vários projetos musicais, mas nunca tive a pretensão de lançar um álbum.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Gi Silva: Música Preta Brasileira, pois a minha música tem a espinha dorsal do reggae, mas eu sou atraído as diversas experiências sonoras que possam contribuir com a minha obra musical.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Gi Silva: Já participei de canto Coral e diversas experiências com no âmbito musical.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Gi Silva: Muito importante, pois a qualificação é essencial, pois ajuda no cuidado e qualidade da sua arte. Pois mais joia que você seja o que aumentar o seu brilho é o polimento.

10) RM: Quais as cantoras(es) que você admira? 

Gi Silva: Marisa Monte, Gal Costa e Ellen Oléria.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Gi Silva: O mais espontâneo possível. Eu não forço a barra, mas tenho muita facilidade para fazer músicas por encomenda, mas quando é algo meu eu procuro dá tempo as minhas observações e inspirações.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Gi Silva: Eu não tenho muitos parceiros, mas o pouco fiz foram com os meus parceiros de bandas.

13) RM: Quem já gravou as suas músicas?

Gi Silva: Tem uma música minha gravada por Igor Machado que está tocando nas plataformas digitais.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Gi Silva: Os prós é que você imprime as suas ideias, a sua arte buscando o seu respeito no âmbito musical. O contra:  é que muitos não dão credito por ser algo desconhecido da grande mídia. É como você caminhar sozinho e tentando convencer o comprador a gostar do seu produto.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Gi Silva: Primeiro é você confiar e acreditar no seu potencial, se aprofundar nesse novo mecanismo que é tão desafiador chamado Internet e traçar das novas estratégias a partir dessa nova linguagem.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Gi Silva: buscar parcerias e qualificação.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira? 

Gi Silva: Prejudica pela facilidade e também ajuda; por que existem muitas coisas sem qualidade que acaba ofuscando os verdadeiros talentos e ajuda por lá facilidade em expor a sua arte.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Gi Silva: Eu não vejo contra, pois hoje temos a tecnologia a nosso favor. Se ela for bem colocada só vem engrandecer a sua arte, mas se for colocada em excesso pode se tornar uma anomalia artística.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Gi Silva: Personalidade é crucial pra se desvencilhar dessa vitrine do comum.

20) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Gi Silva: Na minha visão não é muito animadora. Como falou Milton Nascimento: “A música brasileira está muito pobre”; não sei se foram bem essas palavras, mas eu concordo totalmente com ele. A buscar pelo Ter destruiu a qualidade do Ser. A arte ficou em segundo plano diante do imediatismo do sucesso!

21) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Gi Silva: Tem muitos. Iza, Djavan, Caetano Veloso, Gilberto Gil.

22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Gi Silva: Falta de qualidade técnica é uma constante. Já toquei uma vez em um local que teve uma briga na frente do palco e todos correram para trás do palco em que só ficou a banda tocando sozinha (risos).

23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Gi Silva: A felicidade genuína é quando estou cantando. A tristeza é que enquanto você não tiver uma visibilidade ninguém lhe dar créditos ou uma chance de você mostrar o seu trabalho.

24) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Gi Silva: Virou um círculo vicioso, infelizmente se você não tiver um padrinho ou o pagar o jabá dificilmente a sua música irá tocar nessas rádios de grande audiência.

25) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical? 

Gi Silva: Coragem, só venha se tiver certeza do que você é.

26) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena  musical brasileira?

Gi Silva: A cobertura feita pela grande mídia é seletiva, ainda existem muita segregação por causa de alguns ritmos sobretudo o reggae.

27) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Gi Silva: Ainda sendo muito pouco, ainda assim tentam valorizar a arte em um Brasil que é um cemitério Cultural.

28) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Gi Silva: Estagnou, tem muita gente boa, mas a grande mídia insiste nos que já estão lá.

29) RM: Você é Rastafári?

Gi Silva: Não. Como tudo na minha vida eu não curto os extremos. Eu sou da filosofia do meio. O extremismo nunca funcionou na humanidade. Mas respeito quem segue.

30) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como vocês analisam tal afirmação?

Gi Silva: Não concordo com essa afirmação. Como eu falei lá em cima, eu sou adepto a experiências rítmicas de dialoga com a intenção e a ideia proposta, isso é salutar, mas se não dialogar pode deformar o ritmo.

31) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?

Gi Silva: É um fator cultural. É a forma de como o reggae é aqui nas terras tupiniquins. Tudo é na forma que foi construída. A gente não tem como mudar o passado, mas o futuro está em nossas mãos, valorizando e sofisticando a nossa filosofia e canção.

32) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Gi Silva: Existe sim, pois sem o Dom, por estudos que se tenha vai ficar faltando o principal, a essência artística que só tem quem nasceu com ela.

33) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?

Gi Silva: Primeiro é o senso de competição que não me agrada e outra são julgamentos colocados nas mãos de pessoas que se acham a palmatória do mundo.

33) RM: Festivais de Música revelam novos talentos?

Gi Silva: Sim, mas nem sempre os que ganham seguem na grande mídia, por falta de um acompanhamento da sua carreira, coisa que torna esses festivais descartáveis.

34) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System?

Gi Silva: O prol é que a praticidade.

35) RM: Gi Silva, Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?

Gi Silva: Nada se compara a energia da banda. Sou a favor dos dois formatos dependendo da sua apresentação.36) RM: Quais os seus projetos futuros?

Gi Silva: Gravação de novas músicas, e gravação do meu clipe.

37) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

(82) 98840 – 9375 | [email protected]

| https://web.facebook.com/gidelson.silva.35 

| Canal: https://www.youtube.com/channel/UCqt7A-w3kHzFtwe1rN9qMnw

NOSSOS HERÓIS: https://www.youtube.com/watch?v=2l8OrPjsWDc 

ATÉ QUANDO: https://www.youtube.com/watch?v=KanfCkFaJaY 

PODEROSO JAH: https://www.youtube.com/watch?v=lteebXYyQRU


Compartilhe conhecimento

Deixe um comentário

*

Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.
Revista Ritmo Melodia
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.