More Dadá Malheiros »"/>More Dadá Malheiros »" /> Dadá Malheiros - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Dadá Malheiros

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O compositor, arranjador, músico, multi-Instrumentista, maestro e produtor musical pernambucano Dadá Malheiros.

Sua formação em Violino e Viola – Projeto Espiral do Compositor Marlos Nobre – 1979 a 1983. Teve como professores: Luis Soler Realp, Adrian, Judas Tadeu Martins. Estudou os métodos: Método de Baixo Elétrico – Slap Bass – Tony Oppeheim – 1990. Método de Baixo Elétrico – Jaco Pastorius – 1991. Método de Baixo Elétrico – John Patitucci – 1992.

Sua experiência como compositor na: Orquestra Sinfônica do Recife – 12 de abril de 2023, Teatro de Santa Isabel, Sifonietta N° 2 em primeira audição mundial. Orchestra Enigmatic’s Upcoming Concert! Em primeira audição mundial – Baião Armorial, Theatre Bellarmine University, Louisville, USA, 2013.

Seu concerto para Violão em Teatro de Santa Isabel, 2014, Recife, Pernambuco. Peccatte String Quartet – Louisville, Kentucky – USA 2017. Pulando na Rua – Frevo de Rua. Quarteto Encore – Projeto CD Mosaicos – 2017 – Palma da Coroa (Música Armorial) – Pulando na Rua (Frevo de Rua). Campbellsville University Chamber Ensemble – E.U.A. – 2005 – 2007. Água para O Sertão, Lagrima, A chuva, White Head, Justo Juiz. Quinteto da Paraíba – Recife – 2004 – Água Para o Sertão. UERJazz Band – Rio de Janeiro – 2013 – Água Para o Sertão. Orquestra Sinfônica do Recife – Olinda – 2002 – Zarabatana.

Suas experiências como maestro: Festival de Inverno de Garanhuns, 2011 – Octeto de Violoncelos Toca Luiz Gonzaga pelo Maestro Dadá Malheiros. Octeto de Violoncelos Toca Luiz Gonzaga pelo Maestro Dadá Malheiros – 2012, Teatro de Santa Isabel – Centenário do Rei do Baião.

Suas experiências como arranjador para orquestras: Baile dos Pirilampos – Silvério Pessoa – arranjo para Quarteto de Violoncelos. Valsa da Ilusão – Zé Manoel Arranjo para Quarteto de Cordas – 2016. UFRN Cellos – Camerata de Violoncellos – obras de Luiz Gonzaga com Arranjos de Dadá Malheiros – 2017. Musical Aladim – Recife – 2017. Orquestra Filarmônica do Brasil – Rio de Janeiro e São Paulo – 2012. O Cio da Terra – Milton Nascimento e Chico Buarque de Holanda.

Orquestra Sinfônica do Recife – 2011. Quinteto Violado Canta Geraldo Vandré com a OSR. Spok Frevo Orquestra – 2010 e 2011. Festival de Música Carnavalesca Prefeitura do Recife – 2003 a 2009. Orquestra Sinfônica do Recife e Coral da UFPE– 2007. O Cio da Terra – Milton Nascimento e Chico Buarque de Holanda Algodão – Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Monólogo ao Pé do Ouvido – Chico Sciense. Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte – 2000. Quinteto Violado Canta Geraldo Vandré com a OSRN. Banda Sinfônica do Recife – 2003 a 2009.

Suas experiências como solista: Em 20 de agosto de 2014 realizou Recital no Conservatório Pernambucano de Música, no projeto Quartas Musicais com o Mestre Violoncelista Felix Borges e a pianista Doutora Rachel Casado. Em 29 de agosto de 2014 realizou um Recital em Gravatá com o Mestre Violoncelista Felix Borges e a pianista Doutora Rachel Casado com Composições Autorais para Concertos.

Teatro de Santa Isabel – 1 de outubro de 2014 – Concerto para Violão com participações especiais de: Spok, Renato Bandeira, Tony Bello, Beto do Bandolim, Fabiano Menezes (meu irmão), Beto Hortis, Racine Cerqueira, Rachel Casado, Leonardo Maranhão e Romero Medeiros.

Suas experiências como músico: CD Sucateando – A Música Sustentável de Nido Pedrosa – Arranjo de cordas e execução de Viola – 2013. Orquestra de Cordas do Projeto Espiral – Chefe de Naipe das Violas – 1982-1984. Arranjo para Cello e Viola e gravação da Viola no CD Canções Artesanais de André Macambira – 2013. Quatro shows pelo Projeto Caixa Cultural, São Paulo, 2013 com André Macambira.

Orquestra Sinfônica do Recife – Estágio – 1981-1984. André Rio – Diretor Musical, Arranjador e Baixista – 1984 -1994. Canta Nordeste – Rede Globo – Baixista – 1991-1999. Gonzaga Leal – 1998 Direção Musical, Arranjos, Regência, Viola, Violão e Bateria no Projeto “O Olhar Brasileiro de Gonzaga Leal” (com participação Especial de Naná Vasconcelos).

Silvério Pessoa – Gravação do CD Cabeça Elétrica, Coração Acústico 2004-2005 – Viola. Gravação do CD Cristina Amaral – Baixo Elétrico – 1994. Orquestra Sinfônica do Recife – Violista Concursado – 1994 até os dias de hoje.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Dadá Malheiros para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 25.08.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Dadá Malheiros (Flávio Malheiros) : Tenho 30/06/1959 em Recife – PE. Tenho 64 anos e 49 anos de carreira. Vivo no Litoral Norte de Pernambuco, Praia do Janga.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Dadá Malheiros: Tive os primeiros contatos com a música aos 5 anos de idade aprendendo tocar o Piano (de minha Avó paterna), tocar Violão (do meu tio materno), bem como na Bateria também aos 5 anos.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Dadá Malheiros: Formado em Violino e Viola pelo Projeto Espiral, projeto este desenvolvido pelo compositor, pianista e maestro Marlos Nobre na FUNART e implementado pelo Governo de Pernambuco. Duração de 4 (quatro) anos. De 1979 a 1983 aproximadamente.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Dadá Malheiros: As minhas influências são várias, pelo fato de eu ser multi-instrumentista. Posso citar alguns: Violino: Yitzhak Perlman; Bateria: Neil Peart (baterista do Rush) in memoriam, Wellington in memoriam, Robertinho Silva…; Guitarra: Frank Gambale; Marcos Som, Claudio Hermans… Baixo Elétrico: Jaco Pastorius, John Patitucci, Amaro Rocha. Todos foram importantes em seus devidos momentos. Maestros: Zubin Mehta, Seiji Ozawa, Herbert von Karajan; Compositores: Ludwig van Beethoven, Tomaso Albinoni, Tchaikovsky, Bach…

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Dadá Malheiros: Minha primeira participação foi como baterista em 1979, numa na banda “Som e Arte”, numa Festa de Colégio, e que depois transformou-se em “Os Argonautas”.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Dadá Malheiros: Um álbum de Música Erudita autoral e três álbuns extraoficiais de música de louvores.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Dadá Malheiros: Sou compositor de música para concertos, compositor de MPB, Bossa Nova. Talvez me enquadre nos dois estilos: Clássico e Popular.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Dadá Malheiros: Não. Apenas fiz uma temporada de Fonoaudiologia para pronúncia e articulação da voz.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Dadá Malheiros: Acredito que as técnicas vocais ajudam ao intérprete a dominar o seu potencial e explorá-lo de forma mais eficaz.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Dadá Malheiros: Milton Nascimento, João Gilberto, Geddy Lee, Emílio Santiago, João Bosco, Djavan

11) RM: Como é seu processo de compor?

Dadá Malheiros: Algumas vezes as melodias vêm prontas numa inspiração comum, passo então a escrevê-las e orquestrá-las desenvolvendo-as, quando para Orquestra. Quando músicas populares, gravo em áudio a melodia e em seguida coloco a letra. Muitas destas já vêm juntas – Letra e Melodia.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Dadá Malheiros: Carlos de Melo Brasil (o mais antigo), Lucas Castro da nova geração e o grande mestre Zé Renato da Silva. Todos para músicas populares.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Dadá Malheiros: Os prós, é que o artista fica livre para compor, executar e mostrar o seu trabalho como e quando quiser e da forma que lhe apraz. Os contras é que dá muito mais trabalho.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Dadá Malheiros: Fora do Palco – eu idealizo – às vezes com muita emoção e certeza que realizarei, penso em tudo. Algumas vezes eu mesmo sou o produtor, o diretor e o artista. Dentro do Palco, sou o mais honesto possível em meus sentimentos expressos pelas canções e composições.

Quando estou na plateia e uma Orquestra executa uma Sinfonia de minha autoria faço o que puder para cumprimentar desde o mais ínfimo cargo do Teatro quanto ao mais alto: Incluindo-se Músicos, Maestros, Plateia…

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Dadá Malheiros: A divulgação, que é a cereja do bolo.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Dadá Malheiros: O advento da Internet veio corroborar e muito com a difusão de nossas obras e nossa carreira. Creio que seja mais positivo que negativo.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Dadá Malheiros: O home estúdio só utilizei décadas atrás. Porém, vivi e trabalhei em gravações desde as Fitas de Rolo, passei pelas mudanças da tecnologia até o momento atual das gravações digitais.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Dadá Malheiros: Já que 80% de minha obra é para Concertos, fico meio sem utilizar as plataformas digitais, devido ao longo período para outro, de uma 1ª audição mundial de uma Sinfonia, Quarteto ou Duo.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Dadá Malheiros: Chico Science, Jorge Vercillo, Ana Carolina, Maria Rita… Estes marcaram seu espaço com excelência. Os que não conseguiram, devida qualidade, prefiro não os mencionar.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?

Dadá Malheiros: Em uma apresentação numa cidade da Bahia, do cantor André Rio, que eu era o Diretor Musical, Arranjador e Baixista, a banda super conectada, repertório bastante eclético, o local era imenso. Só havia cerca de 30 pessoas que não se pronunciaram. Não aplaudiam, não dançavam… quando encerramos o show, que descemos do palco, muitos deles vieram ao nosso encontro dizendo: que show excelente! Parabéns! Ao contrário do que pensávamos, eles estavam atentos, mas as suas expressões eram “não cálidas” (rimos muito).

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Dadá Malheiros: A felicidade é de um público efusivo, receptivo. A tristeza é não realizar.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Dadá Malheiros: Existe Dom, porém, o talento, como dizem os mais estudiosos, é usado apenas 3%, e 97% é trabalho e suor.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Dadá Malheiros: A improvisação vem do aprendizado e do domínio, tanto do instrumento quanto da voz.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Dadá Malheiros: As técnicas de execução é o que mais ajuda na hora do improviso. O conhecimento das várias formas, escalas, tonalidades, campo harmônico, cadências harmônicas. Pode ser que alguém estude o improviso anteriormente, a isto chamamos solo.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Dadá Malheiros: Tudo que se refere ao conhecimento sempre é de bom grado. Quem estuda improvisação tem mais chance de acertar na medida.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Dadá Malheiros: Vai depender do método. Quem escreveu, quem criou e seu conteúdo.

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Dadá Malheiros: Já tive a oportunidade de ter o meu CD de música clássica tocado por inteiro na Rádio Universitária e ser entrevistado ao mesmo tempo sem pagamentos.

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Dadá Malheiros: Minha dica para quem quer seguir a carreira musical é dedicação, estudo, criatividade nas composições e constância.

29) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Dadá Malheiros: Sim, os grandes festivais são uma das razões de tantos brilhantes talentos desde os idos 1960 até os dias de hoje.

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Dadá Malheiros: A grande mídia sempre está aquém de mostrar a qualidade musical. O que interessa aos veículos midiáticos é o financeiro e o ideológico tendenciosamente.

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Dadá Malheiros: O ideal seria que os próprios artistas, de uma maneira geral, fossem os financiadores de seus trabalhos, suas obras, sua arte. Porém, como não é ainda possível, que venham os projetos, as Leis de incentivo e os serviços sociais.

32) RM: Quais os seus projetos futuros?

Dadá Malheiros: Na atualidade, estou trabalhando um projeto de música autoral e releitura com o meu parceiro Zé Renato da Silva. Iremos participar do projeto Caixa Cultural 2023/2024, provavelmente.

33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Dadá Malheiros: https://www.instagram.com/malheirosdada

Canal Dadá Malheiros: https://www.youtube.com/user/Dadahmalheiros

Um mar de gente: https://youtu.be/d17tWdZcVCg?si=ko32Qx-XYYtzb-gE

Playlist Dadá Malheiros com Orquestras: https://www.youtube.com/watch?v=Duq4QrsUbRA&list=PLRD4vECA45qP4z6TrgMnfCP3pHJPKghJr

Playlist cantando Bossa Nova: https://www.youtube.com/watch?v=YxK6tgKlIMM&list=PLRD4vECA45qNvLIMT58EsI1_cvSRrtimP

Músicas do Dudá Malheiros: https://myspace.com/dadamalheiros


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.