O cantor e compositor baiano Carlos Jansen escreveu para o Jornal da Caseb, escola pública do segundo grau, em 1965. Participou de festivais estudantis de música em Brasília: Em 1967, com a música “Passeio”, semifinalista; Em 1968, com a música “Festa”, quarto lugar; Em 1969, com a música “Moto Contínuo”, terceiro lugar geral e primeiro lugar popular, além de ter a melhor intérprete, Ileana Menezes.
Escreveu discurso de formatura de professores da Escola Normal de Brasília em 1969. Formado em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB) em 1975, com especialização em Pediatria. Trabalhou como revisor do livro “Poemas de Maria”, de autoria de Maria Vieira, em 2001. Abriu, com o poema “Mestre-Mestre”, a tese de mestrado da professora Mirian Raposo, na Universidade de Brasília.
Em 2002, lançou o álbum “Guinda”. Lançou três livros de poesia em 2003. São duas coletâneas: “Salvador – Poetas Novos” e “Bahia – Poetas do Recôncavo”. E um livro solo: “Da melhor qualidade”, com prefácio da santa-amarense Mabel Velloso, a maior poetisa dentre os filhos de D. Canô.
Em 2006/2007 lançou o álbum “Colagem”, abençoado por Oswaldo Montenegro, de músicas autorais, sendo algumas em parceria com Hermano Ribeiro, Flavio Fonseca, Mabel Velloso, nas vozes de Adaud, Sandra Duailibe, Caye Milfont, Celia Rabelo, Marcello Soutto Mayor, Nilson Lima, Leonel Laterza, Flavio Fonseca, Lucia de Maria, Salomão di Pádua, Cely Curado, Carlos Jansen. E os instrumentos tocados por Hamilton de Holanda, Fernando Cesar, Marcelo Barbosa, Flávio Fonseca, Hermano Ribeiro, Vadim Arsky, Tais Villar, Evandro Barcellos, Lamartine Jansen Melo, Marcelo Lafetá, Sidnei Maia, Jorge Cardoso.
Em 2011, a sua música “Filhinha”, gravada e defendida pela cantora Lúcia de Maria, ficou em terceiro lugar no Festival da Rádio Nacional FM. Em 2012, lançou “A verdadeira amizade”, abençoado por Hamilton de Holanda, com músicas autorais, interpretadas por Carlos Jansen e Lucia de Maria. Direção musical e arranjos do maestro Flávio Fonseca. Os instrumentos tocados por Paulo Sérgio Santos, Robertinho Silva, Madalena Salles, Hamilton de Holanda, José Cabrera, Hamilton Pinheiro, Leander Motta, Liliana Gayoso, Claudio Cohen, Moisés Alves, Ademir Junior, Paulinho do Trombone, Fernando Cesar, Valerinho, Haroldinho Mattos, Sidnei Maia, Christina Von Bullow, Amaro Vaz, entre outros.
Em 2013, lançou o álbum “Novas Cantigas de Roda”, autoral sobre músicas do folclore brasileiro, com letras positivas e educativas, com arranjos do maestro Flavio Fonseca. Em 2014, lançou o álbum “Un Bolero Rasgado”. A música título é de sua autoria, versada para o castelhano.
Lançou os singles “Só Mulher”, gravada pela cantora Myriam Greco, em 2015; “Lua de Mel”, gravada pela cantora Márcia Tauil em 2016; “Xote chamegado”, parceria com Márcia Tauil, gravada por ela em 2022; “Fuga”, gravada por Laura Lobo em 2021; “Quando o amor bate à porta” gravada por Dhi Ribeiro em 2022; “Mar de espera” gravada por Salomão di Pádua em 2021; ”Namoradeira” parceria com Andreia Portilho, gravada por Márcia Tauil em 2022; “Eclipse”, parceria com Márcia Tauil, gravada por Márcia Tauil e Tico de Moraes em 2024; “Amor de Atriz”, parceria com Cristóvão Bastos, gravada por Márcia Tauil e Vânia Bastos em 2024; “Amor de cinema”, parceria com Andreia Portilho, gravada por Tico de Moraes, em abril de 2025.
Vídeos (desenhos animados) do álbum Novas Cantigas de Roda, gravado por Ana Tauil, Carol Tauil, Carlos Jansen e Márcia Tauil, estão no canal Cantigas do Tio Jansen.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Carlos Jansen para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 07/04/2025:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Carlos Jansen: Nasci no dia 25/06/1950 em Salvador – Bahia. Filho de Lamartine Jansen Melo e Édila Vitória dos Anjos Jansen Melo e registrado como Carlos Eduardo Jansen Melo.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Carlos Jansen: A primeira lembrança da minha vida é musical, aos 3 anos, ouvindo a canção São Paulo Quatrocentão, de Aníbal Augusto Sardinha, num compacto simples, em casa.
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Carlos Jansen: Minha formação musical é empírica, porque baiano nasce com a música entranhada. Em minha formação acadêmica sou médico pediatra, formado na universidade de Brasília – DF.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Carlos Jansen: No passado: desde que ouvi o LP Chega de Saudade de João Gilberto, no interior da Bahia, na adolescência, passei a me encantar com música! Chico Buarque de Hollanda é meu ídolo. Beatles, gosto demais. Cito ainda Roberto Menescal e Cristovão Bastos. No presente Márcia Tauil, Lúcia de Maria e Tico de Moraes representam muito bem a canção brasileira.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?
Carlos Jansen: Em Brasília – DF, no Festival Estudantil da Canção com 17 anos de idade. Com uma canção autoral, chamada Passeio. Um Frevo. A partir daí, outros festivais estudantis até hoje, como parceiro de vários nomes da canção brasileira, gravado por Vânia Bastos, Cely Curado, Lucia de Maria, Dhi Ribeiro entre outros.
06) RM: Quantos álbuns lançados?
Carlos Jansen: Lancei os álbuns: Guinda (2002).
Colagem (2006/2007) sendo algumas músicas em parceria com Hermano Ribeiro, Flavio Fonseca, Mabel Velloso, nas vozes de Adaud, Sandra Duailibe, Caye Milfont, Celia Rabelo, Marcello Soutto Mayor, Nilson Lima, Leonel Laterza, Flavio Fonseca, Lucia de Maria, Salomão di Pádua, Cely Curado, Carlos Jansen. E os instrumentos tocados por Hamilton de Holanda, Fernando Cesar, Marcelo Barbosa, Flávio Fonseca, Hermano Ribeiro, Vadim Arsky, Tais Villar, Evandro Barcellos, Lamartine Jansen Melo, Marcelo Lafetá, Sidnei Maia, Jorge Cardoso.
A verdadeira Amizade (2012) com as músicas interpretadas por Carlos Jansen e Lucia de Maria. Direção musical e arranjos do maestro Flávio Fonseca. Os instrumentos tocados por Paulo Sérgio Santos, Robertinho Silva, Madalena Salles, Hamilton de Holanda, José Cabrera, Hamilton Pinheiro, Leander Motta, Liliana Gayoso, Claudio Cohen, Moisés Alves, Ademir Junior, Paulinho do Trombone, Fernando Cesar, Valerinho, Haroldinho Mattos, Sidnei Maia, Christina Von Bullow, Amaro Vaz, entre outros.
Novas Cantigas de Roda (2013), autoral sobre músicas do folclore brasileiro, com letras positivas e educativas, com arranjos do maestro Flavio Fonseca. Em 2014, lançou o álbum “Un Bolero Rasgado”. A música título é de sua autoria, versada para o castelhano.
Lançou os singles “Só Mulher”, gravada pela cantora Myriam Greco, em 2015; “Lua de Mel”, gravada pela cantora Márcia Tauil em 2016; “Xote chamegado”, parceria com Márcia Tauil, gravada por ela em 2022; “Fuga”, gravada por Laura Lobo em 2021; “Quando o amor bate à porta” gravada por Dhi Ribeiro em 2022; “Mar de espera” gravada por Salomão di Pádua em 2021; ”Namoradeira” parceria com Andreia Portilho, gravada por Márcia Tauil em 2022; “Eclipse”, parceria com Márcia Tauil, gravada por Márcia Tauil e Tico de Moraes em 2024; “Amor de Atriz”, parceria com Cristóvão Bastos, gravada por Márcia Tauil e Vânia Bastos em 2024; “Amor de cinema”, parceria com Andreia Portilho, gravada por Tico de Moraes, em abril de 2025.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Carlos Jansen: Música Popular Brasileira. Desde Samba, Forró, canções românticas e ritmos como Frevo, Bolero e Chorinho.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Carlos Jansen: Sim.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Carlos Jansen: O conhecimento de nosso instrumento de trabalho, no caso a voz, pois me aventuro a cantar em alguns eventos, me proporciona tranquilidade e saúde vocal. Ajustes musculares definem o uso de nossa voz. Portanto, malhação para estes músculos, é necessária.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Carlos Jansen: Elis Regina, Maria Bethânia, Karen Carpenter, Tico de Moraes, Gilberto Gil, Márcia Tauil, Lúcia de Maria.
11) RM: Como é seu processo de compor?
Carlos Jansen: A inspiração chega em momentos inesperados. E desenvolvo temas a pedido de meus parceiros.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Carlos Jansen: Cristovão Bastos, Andreia Portilho, Márcia Tauil, Mabel Velloso, Hermano Ribeiro, Flávio Fonseca, Zambinha, Vicente Barreto.
13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Carlos Jansen: Sempre fui independente, portanto, minha realidade é seguir a carreira desta forma. Mas posso salientar que um grande ponto a favor é exatamente a independência, a liberdade de criação.
14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Carlos Jansen: Conto com ajuda de parceiros que desenvolvem comigo, meus planos de carreira. Shows, lançamentos, gravações, divulgações. E assim, vamos sedimentando o caminho musical.
15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Carlos Jansen: Não paro de compor, de produzir novos singles, fazer parcerias com novos artistas. Anualmente produzo um show infantil do projeto Cantigas do Tio Jansen, inclusive produzindo vídeos de desenhos animados, das canções, e alimentando o canal do mesmo nome no Youtube.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Carlos Jansen: Atualmente me ajuda bastante na divulgação. É o caminho que temos.
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Carlos Jansen: Inúmeras vantagens, como ganho de tempo, artistas em vários locais participando da mesma gravação, mix ou master, economia financeira.
18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Carlos Jansen: Não paro. Sigo em frente buscando as ferramentas atuais, como citei a internet acima. Não há como confrontar grandes corporações, portanto trabalho dentro de minha realidade.
19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Carlos Jansen: A Música Brasileira é e continua riquíssima. Vide Zeca Baleiro, Chico César, Vicente Barreto, Ana Terra e Juliana Caymmi, Vânia Bastos. Meus ídolos do passado, para mim continuam com obras consistentes.
20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc.)?
Carlos Jansen: Foram três ocasiões em que faltou energia elétrica em shows meus. Numa delas, o gerador também queimou. Na outra, houve furto dos cabos de cobre do local, o Clube do Choro de Brasília. Inacreditável.
21) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Carlos Jansen: Um traço de minha personalidade: Ser feliz! O que me deixa ainda mais feliz é cada nova canção que componho.
22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
Carlos Jansen: Existe. Mas pode ou não ser desenvolvido. É intrínseco, podendo haver base genética (genótipo) ou de aprendizado diário de acordo com o ambiente (fenótipo).
23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Carlos Jansen: O improviso é resultado de muito estudo, familiaridade e entendimento dos pilares da Música.
24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Carlos Jansen: Como disse acima, acredito ser resultado de muito preparo e estudo. Claro que pode acontecer uma improvisação mais descompromissada. Acontece!
25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Carlos Jansen: Não vejo contras. Até porque cada pessoa se adapta a um método específico.
26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Carlos Jansen: Não vejo contras. Acredito que forneça mais base para o resultado de um trabalho musical. Na música e na vida, quanto mais harmonia, melhor!
27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Carlos Jansen: Em rádios midiáticas, que trabalham sob pagamento, não tocarão. Mas venho tendo muitas alegrias. Por exemplo, uma de minhas canções infantis, Eu fui ao Tororó, é tema de estudo de cartilha escolar. Outra, Na Careca do Vovô, tem mais de 25 mil streamings, numa plataforma, alcançando número significativo no somatório das plataformas digitais.
28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Carlos Jansen: Faça com amor, sem pressa do sucesso. Se tocar um coração já é ótimo. Imagine tocar mais e mais corações.
29) RM: Festival de Música revela novos talentos?
Carlos Jansen: Sim. Comecei neles e convivo com outros artistas que têm, nos festivais, um caminho inicial de trabalho.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Carlos Jansen: Não há mais, se pensarmos nas canções atemporais brasileiras. Existem as preferencias pelos eventos imediatos e mais midiáticos.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Carlos Jansen: Todos os espaços abertos são bem-vindos.
32) RM: Quais os seus projetos futuros?
Carlos Jansen: Continuar compondo e lançando canções que traduzam minha essência e que possam ser ouvidas por muitas gerações vindouras.
33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Carlos Jansen: [email protected] , ou com Joaquim Barroncas, do Guia Musical de Brasília, pelo telefone (61) 99115 – 3659 | https://www.instagram.com/carloseduardojansenmelo
Canal Tio Jansen: https://www.youtube.com/@tiojansen1357
Fora do Canal Podcast EP #199 – Carlos Jansen – Artista: https://www.youtube.com/watch?v=zizcp7ZnnzM
Entrevista muito boa. Concordo que inspiração chega em momentos inesperados. Bom poder conhecer a dedicação e trajetória do artista.
Amei. E agradeço a honra de fazer parte da história de Carlos Jansen.
Poxa que maravilha de trajetória, do Carlos Jansen!