Aline Lopes é uma ativista cultural há 16 anos (2009) que se envolve ativamente em projetos sociais, incluindo iniciativas em aldeias indígenas e centros de acolhimento para população de rua, casa de acolhidas para mulheres e idosos, comunidades periféricas.
Além disso, ela é uma participante engajada em diversos movimentos nas periferias da cidade de São Paulo, demonstrando um compromisso sólido com a comunidade e a promoção da inclusão social.
Vinda de família de músicos inicia suas atividades na área desde muito cedo desenvolvendo seu repertório de forma muito eclética e hoje apresenta diversos projetos incluindo os seguintes ritmos: Samba, MPB, Rock, Axé, Músicas Latino-Americanas, Música Cubana, Lambada, Carimbó, Cumbia, Salsa, Bolero, Mambo, Merengue, Bachata, Gitanas, Forró, africanos, entre outros clássicos.
Na área de dança já participou de oficinas e workshops com grandes nomes da dança negra como Enoque Santos e Edileuza Santos, desenvolvendo seu conhecimento, estudo e propriedade em danças negras.
Participou de atividades de danças ciganas com as professoras Cris Moraes, Sandra Gonçalves e Kelly Mariotti no grupo Samsara danças e terapias. A partir daí desenvolveu seus estudos em danças brasileiras, latino-americana e caribenha e a relação entre esses ritmos.
Na gastronomia realizou oficinas gastronômicas na comunidade de Heliópolis através dos projetos Sabores Solidários e Resgatando Culturas formando turmas de Gastronomia Ancestral, Gastronomia Técnica, Comida de Boteco e Gastronomia Internacional.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Aline Lopes para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 24/11/2025:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Aline Lopes: Nasci no dia 14/11/1985 em São Paulo – SP. Registrada como Aline Lopes de Souza.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Aline Lopes: Venho de família de músicos. Meu avô mineiro (José Cupertino) era sanfoneiro e sustentou os 8 filhos vindos de Barra Mansa – MG na base da sanfona. Mas infelizmente não tive tanto contato com meu avô como gostaria, pois, ele faleceu quando eu tinha 6 anos de idade.
Mas meu tio mais novo (Paulo Henrique) como bom aprendiz formou sua banda a quem a família sempre ia nos shows quando aconteciam nos bares de São Miguel Paulista, bairro da zona leste de São Paulo, onde a família vivia.
Eu ficava encantada com os shows, me imaginava no palco com eles, então quando ia para casa mergulhava na coleção de discos do meu pai (Carlos) e daí se expandiu meu conhecimento em diversos estilos, pois uma das lições que aprendi com meu tio (Paulo Henrique) é que músico não deve se limitar só a um estilo. Tem que conhecer no mínimo de tudo.
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Aline Lopes: As ruas. Eu não tinha condições de comprar instrumento, a família tampouco então sempre que tinha oportunidade de pegar um violão de um colega emprestado pegava, a cantoria começou de criança também acompanhando os cantores no disco. Depois nas rodas de capoeira e na adolescência nas rodas de violão na escola e nos bares com meu tio (Paulo Henrique).
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Aline Lopes: No Rock: Legião Urbana, Queen, Elvis, Ray Charles, Beatles, Led Zeppelin, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Scorpions, Nightwish, Elton John, The Hollies, Pholhas, Demis Roussous.
Samba: Bezerra da Silva, Beth Carvalho, Clara Nunes, Alcione, Jovelina Pérola Negra, Cartola, Almir Guineto, Fundo de Quintal, João Nogueira, Martinho da Vila, muita gente.
Forró: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Flávio José, Marinês, Anastácia, Três do Nordeste.
Latinas: Mercedes Sosa, Violeta Parra, Victor Jara, Silvio Rodriguez, Buena Vista Social Club, Celia Cruz.
MPB: Tim Maia, Maria Bethânia, Jorge Benjor, Belchior, Fagner, Ednardo, Cátia de França, Alceu Valença.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?
Aline Lopes: Em 2000, comecei a cantar nos botecos de São Miguel Paulista, bairro da zona Leste de São Paulo. Entre uma plateia e outra era chamada para cantar uma canção aqui e outra acolá. E nisso a minha veia de produtora já estava pulsando, então sempre que podia buscava um lugar para levar meu tio (Paulo Henrique) para tocar para ele me chamar para cantar (risos).
Depois comecei a frequentar saraus que dão a oportunidade para me apresentar e fui conhecendo outros músicos e sempre que podia eu marcava um show no Sarau, alguns com cachê, outros sem cachê e depois show mais profissional.
06) RM: Quantos álbuns lançados?
Aline Lopes: Nenhum.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Aline Lopes: Se eu puder criar um estilo musical, eu digo o malandro (risos). Graças a minha paixão pela música, eu expandi meu conhecimento para muitos estilos musicais e gosto de brincar por entre eles. E como produtora e ativista cultural adoro criar projetos. Hoje crio projetos em cima dos estilos que mais gosto de trabalhar: Rock, Samba, Forró, Latinos e Músicas Populares. Tenho duas músicas no ritmo de samba.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Aline Lopes: Não estudei técnica vocal, mas um macete aqui e outro acolá, assim como para tocar o violão ou a percussão, observar um e outro músico, uma dica daqui outra de lá e fui me virando.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Aline Lopes: Uma dívida que tenho comigo. No início como o boteco era a única opção de se apresentar, o público podia não ter dinheiro para o cachê, mas nunca faltou cerveja no meu copo. Era bom ter sempre a gelada de companhia, mas com o tempo e os outros trabalhos a voz começou a cobrar respeito e tive que segurar a onda com a bebida e alimentação antes de cada apresentação.
Hoje me cuido mais nesse sentido e tenho buscado ajuda para aperfeiçoar a técnica vocal, e como construí muitas amizades e inimizades por ser quem sou a ajuda às vezes vem em forma de carinho pelos amigos ou em forma de crítica pelos invejosos (risos).
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Aline Lopes: As minhas influências todas que citei e as lavadeiras, coreiras, mestres de cultura popular nacional e interacional, me encantam! Aprendo muito com todos eles mesmo com os que já partiram. Muitas vezes quando busco inspiração para cantar preciso ouvir essa turma para me ajudarem com afinação, entonação, técnica vocal, sotaque e aspectos culturais.
11) RM: Como é seu processo de compor?
Aline Lopes: Eu só tenho dois sambas de minha autoria. Embora tenha sido muuuito cobrada para compor. Mas esse não é um processo fácil. Mas por incrível que pareça os dois sambas saíram no mesmo dia (risos).
Para compor no meu caso eu preciso do sentimento para colocar a letra no papel, quando eu fiz esses dois sambas estava passando por uma situação muito difícil enfrentando alguns inimigos de longa data: machismo, tristeza, perda, separação, entre outros.
Eu estava tão triste que cheguei em casa sentei no sofá e nessa hora comecei a escutar os lixeiros gritando na rua “olha o lixo”. Eu estava na dúvida se colocava o lixo para fora ou não, pois o cesto não estava muito cheio e aí pensei: “o lixeiro podia levar essa tristeza que está aqui comigo” e daí saiu o meu primeiro samba.
“Vaaai lixeiro sacode a poeira e carrega contigo / Toda essa tristeza que anda / comigo /É muita maldade tanta solidão. E da xepa me traga tudo o que estiver no caminho /Do bar tu me traga o som do cavaquinho / Que é para eu compor o samba do perdão…”
O segundo samba já estava meio que engatilhado, pois como muito fã de Bezerra da Silva que sou e indigesta com algumas situações queria cantar a realidade periférica com a mesma maestria do velho malandro.
E eu tinha uma experiência que ele não tinha, a de viver num mundo machista e tomar porrada o tempo inteiro por isso. Daí eu pensei: “como seria um Bezerra da Silva feminista? ” Daí o outro samba:
“Quer cantar de galo, vai cantar noutro lugar / Aqui nesse terreiro quem canta são elas pra dentro da panela elas vão te mandar…”
12) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Aline Lopes: PRÓS: Depois de muito sofrimento, muita peia, muito trabalho e estudo você se orgulhar de tudo o que fez e chegar aonde chegou. Eu comecei pensando só em cantar, hoje eu sou cantora, compositora, instrumentista, produtora, diretora e o que precisar. Tudo se deve ao meu desenvolvimento.
CONTRAS: Reconhecimento e valorização a looongo prazo quando acontecem;
– Crescimento lento por ter que ir aprendendo com as experiências que na maioria das vezes não são tão boas.
13) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Aline Lopes: Não dá para ser só a “menina que canta”. Tem que abordar o máximo de cenários e se inteirar neles e assumir lugar de fala. Produção, instrumental, canto, composição, marketing, administrativo.
14) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Aline Lopes: Embora eu já tenha repetido repertório em muitos espaços, um show meu nunca foi igual ao outro, e sempre digo isso para quem me acompanha, não dá para ser mais do mesmo. Tem que trazer a música e o sentimento que ela provoca nas pessoas, isso as vezes se dá através da dança, de uma contação de história, de uma performance, sempre inovar.
15) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Aline Lopes: A internet ajuda no alcance de mais pessoas com mais rapidez, pesquisas, ouvir e conhecer o que tem de novo no mercado e antiguidades também para inspirar.
A internet prejudica ao fazer muitas pessoas desistirem de sair para assistir um bom show, participar de algum evento. A disseminação de fake, mistura de temas polêmicos como política e religião ajudou a desfazer amizades e as redes sociais se tornaram uma corrida pelo ouro da popularidade mesmo que se divulgue uma vida superficial ou imaginária.
16) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Aline Lopes: Vantagens: produção musical de alta qualidade. Nem sempre se pode ter um som de qualidade ao vivo, o que faz com que muitas vezes seu trabalho não seja bem reconhecido por não ter um material bem trabalhado como se pode ter em um estúdio.
Desvantagens: existe um dito muito sábio que diz que a diferença entre o remédio e o veneno é a quantidade. Aqui esse dito cabe quando a tecnologia é utilizada em excesso. Por exemplo existem carreiras sendo lançadas onde existe um apelo tecnológico explícito de mixagens, um som totalmente eletrônico, vozes com efeitos e por aí vai.
Claro que existe um público que se identifica com esse estilo, mas eu aprecio ainda ouvir cada voz mostrando sua personalidade através do canto, o som rústico do instrumento um trabalho de solos bem orquestrado, um instrumento exótico. Isso tudo some quando se usa a tecnologia de estúdio em excesso.
17) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Aline Lopes: Um ser humano não é igual ao outro, o sentimento de um nunca vai ser igual ao do outro. O grande desafio está aí em mostrar ao público o seu sentimento ao executar uma canção. Tem que ser único! Mesmo que seja a mesma canção por mil vezes, é uma emoção a cada execução.
Quando você consegue transmitir essa sensação ao público, principalmente a quem já não te assiste pela primeira vez você se mostra a que veio. Nunca tive medo de concorrência, principalmente porque sou mais intérprete que compositora autoral.
Ao contrário, adoro a ideia de ter diferentes interpretações de um artista/canção, e inclusive adoro reunir pessoas para fazer grandes tributos. Quando interpreto a canção de um artista é como se estivesse conversando com ele no palco, esteja esse/essa artista vivo/viva ou não, transmitindo assim o quanto esta canção me toca.
18) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Aline Lopes: Esse é um campo que a cada ano se torna mais vasto e extenso. A referência de MPB antigamente era a bossa nova, o choro, o samba canção. Hoje tem muuuitos ritmos que estão dentro desse cenário porque não se identificam com um único estilo.
Artistas com obras consistentes: Ney Matogrosso é um exemplo e tanto. Regrediram tem muitos, mas o mais interessante é que regrediram por simplesmente deixarem de se concentrar no mais importante que é a música para enaltecerem assuntos polêmicos, lançar candidatura política, escândalos entre outros. Com isso uma coisa leva a outra embora eu considere que a obra e o autor são coisas totalmente distintas, tanto que um morre e o outro quando bem-feito é imortal.
Sobre os atuais tenho ouvido muitos nessa linha que considero com todo respeito como “orgânicos”. O que quero dizer: no sentido gastronômico a comida orgânica é saudável, mas falta aquela pimenta, aquela gordurinha, aquele sabor que faz a gente repetir e se lambuzar.
Na MPB atual tenho sentido falta desse SABOR em alguns artistas. Cantam perfeito, executam a música como manda a partitura. Mas falta aquela pimenta de Luiz Gonzaga, aquela gordurinha de Originais do Samba, um tempero mineiro do álbum Clube da Esquina, enfim algumas referências que para mim dão todo sabor a música.
19) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?
Aline Lopes: Ah quem não viveu ao menos uma dessas situações citadas na pergunta, nunca subiu num palco de verdade (risos). Eu acho que posso dizer que vivi todas elas e mais um pouco (risos).
Eu comecei cantando nos botecos, então a falta de técnica era quase sempre, lembro que as casas antes e algumas até hoje pedem ao músico que ele leve sua aparelhagem pelo mesmo cachê que se paga a um músico que não leva aparelhagem. Brigas já aconteceram, mas nunca agressão física, sempre verbal. Gafes sim de não lembrar o nome de alguém que chega te cumprimentando dizendo que te conhece (risos).
Ambiente ou público tosco de você combinar com a casa de que fará um show de MPB e o dono da casa começar a pedir Música Sertaneja a cada três músicas. E cantar e não receber (você dá uma canja e a gente te contrata no próximo).
E ser cantada, em um show sim e outro também (risos). Marcar o show e os músicos chegarem 3 horas depois do combinado e ainda querer receber adiantado, músico chapado causar no show, esposa ciumenta, ai, ai, ai, são tantas emoções (risos).
20) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Aline Lopes: Mais feliz – cantar o que gosto e poder demonstrar através do meu trabalho no palco e na produção o quão maravilhoso é esse trabalho.
Triste – Dizer que sou artista e ainda escutar o famoso: Está, mas você trabalha com o quê? Infelizmente a cultura ainda é vista como algo superficial, de brincadeira e somente lazer apesar de ter salvado muitas vidas na pandemia por exemplo.
21) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
Aline Lopes: Eu acredito no dom. O Dom musical é quando sem nunca ter feito uma aula de canto você cantar como os pássaros, sem nunca ter estudado em um conservatório, você executar um instrumento com maestria. Quando você traz consigo toda a sua ancestralidade dentro da sua arte.
22) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Aline Lopes: Encanta-me a improvisação! Nada programado, nada planejado, só sentimento! Você estar tão arrepiada com a música e de repente sai uma voz ou um solo ou uma base que ninguém estava esperando casando com todo o resto.
23) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Aline Lopes: Acredito que existam os dois caminhos para improvisação. Claro que um músico que conhece as métricas, partitura etc. vai conseguir fazer um improviso com mais facilidade. Mas já vi muitas vezes o sentimento falar mais alto. Crianças que nunca fizeram uma aula de música, por exemplo, seguirem o que sentem com a música e harmonizar. O processo criativo também é importante aqui.
24) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Aline Lopes: Prós – Torna a canção criativa e autêntica quando bem-feita. Contras – Nem sempre cai bem quando é uma interpretação.
25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Aline Lopes: Prós – Conhecimento é sempre bem-vindo e enriquece. Apura a escuta musical, te permite seguir vários caminhos no campo musical.
Contras – Ficar totalmente preso a metodologia interfere no processo criativo. Já fui acompanhada por excelentes músicos que tinham dificuldade de criar ou adaptar canções por estarem muito ligados as regras harmônicas.
Temos muitas canções, principalmente as populares e ancestrais que não tinham métricas, vejo muitos músicos se perdendo nessas canções porque estão pensando somente na parte técnica. A técnica é importante, mas não pode se resumir a isso. Tem que ter emoção.
26) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Aline Lopes: Só se cair no gosto popular e fazer sucesso.
27) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Aline Lopes: O caminho na carreira musical é árduo, não dá para ser só músico e nem só fazer mais do mesmo. Tem que estar pronto para um grande desafio de fazer multifunções.
28) RM: Festival de Música revela novos talentos?
Aline Lopes: Eu já inscrevi alguns artistas que produzi, mas nunca me inscrevi nesses festivais, mas se revela faz isso de modo muito velado. Os festivais antigos consagraram muitos artistas, mas atualmente não se vê mais isso. A disputa é muito grande, o festival seleciona uma quantidade x, premia, mas não segue adiante na maioria das vezes.
29) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Aline Lopes: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira, sinceramente, é muito manipuladora. A grande mídia faz cair no gosto da massa aquilo que venderá não somente a música, venderá o rostinho bonito do cantor (a), camiseta, pôster, boné, colocará o artista em outros tipos de atividade como reality shows, e fugir do que realmente deveria interessar, a boa música.
30) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Aline Lopes: Sempre mando propostas, são espaços que tem propriedade de fala no cenário cultural, Infraestrutura e equipes sempre excelentes, poderia apenas ter mais oportunidades, principalmente para artistas não renomados.
31) RM: Quais os seus projetos futuros?
Aline Lopes: São muitos e entre eles desenvolver o projeto Criolla – Viva la Música! Tanto musicalmente como no sentido educacional. Compor mais canções
Desenvolver e criar novos projetos e produzir mais.
32) RM: Quais seus contatos?
Aline Lopes: https://www.instagram.com/alinelopescultural | https://www.facebook.com/aline.lopesdesouza.908
| https://eventosalinelopesproducoes.com.br
Canal: https://www.youtube.com/channel/UCcLv24xUF3QiMxrAdP2Qt4Q
Playlist: https://www.youtube.com/@alinelopes9644/playlists