Maikon Rangel

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O cantor, compositor e instrumentista paulista Maikon Rangel desde criança, cresceu cercado pela música — influenciado pelas rodas de samba que aconteciam nos encontros de família, onde o som do cavaquinho e o batuque do pandeiro despertaram sua paixão pelo Pagode.

Com uma trajetória marcada pela autenticidade e emoção, Maikon traz em suas composições o pagode romântico com identidade própria, misturando sentimento, melodia e mensagens de superação. Suas letras retratam o amor, o cotidiano e as histórias reais que tocam o coração do público.

Ao longo da carreira, o artista lançou seis EPs autorais, disponíveis em todas as plataformas digitais, e vem conquistando espaço com músicas que unem tradição e modernidade. Além de cantor, Maikon é um compositor requisitado, liberando canções para outros intérpretes e parceiros de cena. Entre suas influências estão Fundo de Quintal, Soweto, Grupo Casa Nossa, Os Travessos, Délcio Luiz, nomes que moldaram sua essência musical.

Atualmente, Maikon segue em constante evolução, investindo em novos projetos e montando seu próprio estúdio para aprimorar suas produções. Com uma presença marcante e carisma natural, Maikon Rangel faz parte da nova geração do Pagode romântico, mantendo viva a essência do samba com um toque contemporâneo e cheio de verdade.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Maikon Rangel para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 29/10/2025:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Maikon Rangel: Nasci no dia 15/09/1984, em Franca – São Paulo. Registrado como Maikon Rangel Souza.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Maikon Rangel: Meu primeiro contato com a música foi com a família: avô, tio e primo. Nos churrascos de fim de semana, faziam roda de samba no quintal, e essa vivência me influenciou muito.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Maikon Rangel: Sou autodidata. Canto e toco cavaquinho, violão e pandeiro. Adoro compor e, fora da música, sou sapateiro.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente? Quais deixaram de ter importância?

Maikon Rangel: Fundo de Quintal, Grupo Casa Nossa, Os Travessos, Soweto. Os grupos de Pagode dos anos 90 são minha maior influência, e continuam sendo importantes até hoje.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Maikon Rangel: Participei de vários grupos de pagode como percussionista, mas em 2017 decidi gravar minhas músicas autorais e lançar no YouTube e em todas as plataformas digitais.

06) RM: Quantos álbuns lançados?

Maikon Rangel: Tenho seis EPs gravados.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Maikon Rangel: Pagode romântico.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Maikon Rangel: Não estudei técnica vocal, mas faço exercícios básicos que encontro em vídeos no YouTube.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e do cuidado com a voz?

Maikon Rangel: É fundamental sempre estudar, pois a música cobra. Cuido da minha voz tomando bastante água, evitando bebidas alcoólicas e sempre aquecendo antes dos shows.

10) RM: Quais cantores (as) você admira?

Maikon Rangel: Cantor Príncipe, Délcio Luiz, Thiago Soares.

11) RM: Como é seu processo de composição?

Maikon Rangel: Tento várias formas. Às vezes acho uma sequência na melodia com o cavaquinho ou o violão; outras vezes me inspiro ouvindo músicas internacionais.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Maikon Rangel: Israel Souza.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Maikon Rangel: O lado bom é a liberdade de criar. Continuo gravando minhas músicas e também mando para outros artistas.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Maikon Rangel: Divulgo minhas músicas em rádios e nas redes sociais, e trabalho com meus seguidores enviando os links dos meus lançamentos.

15) RM: Quais ações empreendedoras você pratica para desenvolver sua carreira musical?

Maikon Rangel: Parcerias com rádios, plataformas digitais e participações em programas de TV.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento da sua carreira musical?

Maikon Rangel: No meu caso, a internet só me ajuda.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home studio)?

Maikon Rangel: A vantagem é o baixo custo para gravar as músicas. A desvantagem é o custo mais alto para distribuir e impulsionar nas plataformas digitais.

18) RM: Hoje o desafio é se destacar no mercado musical. O que você faz para se diferenciar no seu nicho?

Maikon Rangel: Invisto sempre que posso, dentro das minhas condições — principalmente impulsionando meus lançamentos nas redes sociais.

19) RM: Como você analisa o cenário atual do samba?

Maikon Rangel: O cenário do samba está crescendo, com grupos de estilos diferentes. As revelações de hoje muitas vezes não permanecem por muito tempo. Os grupos dos anos 90 continuam sendo referência.

20) RM: Quais situações inusitadas já aconteceram na sua carreira?

Maikon Rangel: A maior dificuldade é tocar em barzinhos, pois o cachê é baixo e as exigências são muitas. É uma luta para valorizar o trabalho do artista.

21) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Maikon Rangel: Fico feliz quando concluo uma obra e o público recebe com carinho. Fico triste com a falta de estrutura técnica e financeira, e pelas poucas oportunidades de crescimento.

22) RM: Existe dom musical? Como você o define?

Maikon Rangel: Sim! Mas o dom precisa ser aperfeiçoado. Procuro conhecimento todos os dias, aprendendo cada vez mais.

23) RM: Qual é o seu conceito de improvisação musical?

Maikon Rangel: Improvisar é transformar o básico em algo criativo no momento certo.

24) RM: Improvisação é algo espontâneo ou estudado?

Maikon Rangel: Às vezes é estudado e aplicado depois, mas outras vezes surge na hora — aí é se virar nos 30 (risos).

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos de improvisação musical?

Maikon Rangel: O pró é o aprendizado; o contra é não buscar conhecimento sobre o assunto.

26) RM: E sobre o estudo de harmonia musical?

Maikon Rangel: O estudo é essencial, porque te leva do simples ao nível avançado.

27) RM: Você acredita que, sem pagar jabá, suas músicas tocam nas rádios?

Maikon Rangel: Infelizmente, não acredito. Às vezes as rádios dão uma força e tocam nossas músicas, principalmente as rádios web, que sempre abrem as portas. Algumas FMs também tocam de vez em quando, e isso já ajuda bastante.

28) RM: O que você diria para quem quer seguir carreira musical?

Maikon Rangel: Dedicação, conhecimento, paciência e determinação.

29) RM: Festivais de música ainda revelam novos talentos?

Maikon Rangel: Às vezes, sim.

30) RM: Como você analisa a cobertura da grande mídia sobre a música brasileira?

Maikon Rangel: Muitas vezes é oportunista. Falta olhar para quem está começando. A mídia acaba valorizando mais o entretenimento do que a música em si. Os artistas independentes sofrem com essa falta de espaço.

31) RM: Qual sua opinião sobre os espaços abertos pelo SESC, SESI e Itaú Cultural?

Maikon Rangel: São grandes defensores da nossa cultura e da música brasileira. Acho muito bacana esse apoio.

32) RM: Quais são seus projetos futuros?

Maikon Rangel: Estou estudando produção musical e montando um estúdio em casa. Tenho cinco EPs gravados e várias composições escritas que ainda não gravei. Algumas já têm guia com outras vozes, porque também libero minhas músicas para outros artistas.

33) RM: Quais seus contatos para shows e para os fãs?

Maikon Rangel: (16) 99410 – 3400 | [email protected]|https://www.instagram.com/maikon.rangel

Canal: https://www.youtube.com/@maikonrangel6925