More Jamile Jah »"/>More Jamile Jah »" /> Jamile Jah - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Jamile Jah

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A artista, produtora cultural, musicista e poetisa piauiense Jamile Jah tem seu trabalho voltado para o reggae desde 2005 e atua como produtora cultural desde 2017.

Suas músicas tocam nas rádios do estado do Piauí e rádios nacionais. Já produziu vários eventos, entre eles, o Circuito Piauiense de Reggae, Quinchura Music.

Suas inspirações musicais passam pelos mais variados ritmos de reggae e outras sonoridades regionais brasileiras. Suas influências são: Bob Marley, Alton Ellis, Rita Marley, Jonh Holt, Flora Adams, Marcia Atickens, Deziree, Dawn Penn, e entre as inspirações brasileiras o romantismo de Vanessa da Mata, Marisa Monte, Alceu Valença, Nação Zumbi, Céu, e no Reggae Brasil: Marina Peralta, Tati Portella, Gilberto Gil, Planta e Raiz, Dagô Mirada, Cidade Negra, Adão Negro, Andread de Jó, Natiruts, Maneva, Edson Gomes.

Tem também influências de várias bandas piauienses: Banda Acesso, Danilo Rudah, Geraldo Brito, Espírito Livre, Cabelo de Corda, Jah Une, Fullreggae, Bob Robson, Alma Roots, Reggaplanta, Cochá, Batuque Elétrico, Roraima, Ecore, Sarminina, Duda Di, Cicy Arcangelo.

Jamile Jah fez várias participações em festivais no estado do Piauí, como o Jockey E-music e no Circuito Piauiense de Reggae e Circuito Nacional de Reggae, sendo uma das únicas mulheres a frente de uma banda de reggae.

Em 2018, estreou no Boca da Noite com o show “Frutos de um Dia”, onde o público pode conhecer um pouco mais de seu trabalho e influências. Em 2019 foi atração do Projeto Seis e Meia, abrindo o show de Jorge Vercillo, em que mostrou sua energia e simpatia com uma apresentação exclusiva autoral e conquistando o público de vez com seu reggae e leveza musical. No Circuito Piauiense de Reggae, na edição de 2019 abriu o show do Ícone do reggae jamaicano Triston Palmer.

Em 2020 com o advento da pandemia do Covid-19, Jamile Jah fez algumas lives beneficentes e independentes, sua primeira Live No Sítio do Mirusco foi simplesmente um sucesso. Também participou do Projeto Calçadão Cultural que também arrecadou alimentos para o Mesa-Brasil (SESC) em uma destas lives lançou o EP Frutos de Um dia – Ao Vivo. No mesmo ano participou da Live de Aniversário de 126 anos do Teatro 4 de Setembro.

Em 2021 participou de várias lives e foi uma das atrações do Circuito Piauiense de Reggae Lives. Em 2022 abriu o show do Cedric Myton no Circuito Piauiense de

reggae, além das atrações locais e nacionais, como Alma Roots, Acesso, Bloco do Caos, Raiz Tribal, além do Quinchura Music no mesmo ano! Em 2023 foi uma das atrações do Festival Filhas do Sol, festival com mulheres artistas da cidade de Teresina, Jamile Jah apresentou seu autoral ao lado de ADÊ Porfirio.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Jamile Jah para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 08/09/2025:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Jamile Jah: Nasci no dia 30/11/1991 em Teresina – PI. Registrada como Jamile de Castro Cavalcanti Moura.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Jamile Jah: Meu primeiro contato com a música foi aos 4 anos de idade, quando meu tio (Joabe) me apresentou ao violão e cantou duas músicas: Tempo Perdido (Legião Urbana) e Apenas um Rapaz Latino-Americano (Belchior).

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Jamile Jah: Sou formada em Letras, habilitação em Português e Inglês e em Direito. Na música sou autodidata.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Jamile Jah: Minhas influências são: Bob Marley, Dezarie, Alton Ellis, Rita Marley, Jude C Lodge, Natiruts Marisa Monte, Vanessa da Mata, Gal Costa, Elis Regina, Gilberto Gil, Chico César, Nação Zumbi, Alma Roots, Vibrações.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Jamile Jah: Em 2006, quando meus amigos, Diego e Juliana, no bairro Redenção em Teresina – PI, onde cresci e tenho laços familiares, eles me chamaram juntamente com o meu primo, Romano, para participar da formação de uma banda para participarmos do Festival Chapada do Corisco em Teresina.

06) RM: Quantos álbuns lançados?

Jamile Jah: Lancei dois EPs com as músicas: Onda, Quem Planta o amor, Frutos de um Dia, Jah Jah Roots, Bela-Flor, Maçã-Verde, Gostosa Sensação, Fim de Tarde, Canto de Xangô, Amo Jah, Seja Livre . Em 2025, lançarei meu primeiro álbum.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Jamile Jah: Reggae.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Jamile Jah: Estudo continuamente técnica vocal.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Jamile Jah: É primordial o estudo de técnica vocal para conseguir evoluir e melhora o desempenho vocal nos shows, muito importante o aquecimento antes dos shows, os exercícios diários, entre outros cuidados com a voz.

10) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?

Jamile Jah: Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Vanessa da Mata, Elis Regina, Gal Costa, Negra li, Sandra de Sá, Marilene de Castro, Teresa Cristina, Gilberto Gil, Elton Jonh, Alton Ellis.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Jamile Jah: Meu processo de criação musical é quando a inspiração chega. Posso estar em qualquer lugar.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Jamile Jah: Nildo Viana, Caio Viana, Bruno Wambier.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Jamile Jah: A artista independente é a Deusa de si próprio.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Jamile Jah: Eu não tenho muito uma fórmula, eu e minha equipe planejamos o semestre e colocamos metas que nem sempre conseguimos cumpri-las dentro do prazo por falta de investimentos.

15) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Jamile Jah: Tenho como expandir o som para vários locais usando a internet. Mas também tem a questão que lutamos contra o algoritmo que as vezes não deixa as minhas postagens chegarem mais longe, aí tem que fazer tráfego pago com o pagamento de impulsionamento.

16) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Jamile Jah: Não vejo desvantagem no uso do home estúdio, se a pessoa pode produzir seu material com um custo menor e com qualidade muito boa. É uma forma de produzir que não tem nenhum demérito.

17) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Jamile Jah: Tento diferencia meu som com as referências que eu escuto e minhas influências da poesia. O meu reggae é mais pop e tenho músicas que passeiam por vários ritmos do reggae.

18) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Jamile Jah: Bruno Wambier, Dagô Miranda, Edu Ribeiro.

19) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Jamile Jah: Já cantei e não recebi o cachê, músico já faltou no show, já fui tocar num local e nem som tinha.

20) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Jamile Jah: Fico feliz quando minhas canções fazem parte dos momentos do dia a dia das pessoas. E triste com a falta de incentivo e apoio do estado do Piauí aos artistas independentes.

21) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Jamile Jah: Algumas rádios comunitárias, públicas tocam minhas sem o pagamento do jabá. Nas grandes emissoras de rádio precisa pagar o jabá para tocar as músicas.

22) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Jamile Jah: Digo que é uma carreira muito linda, mas que tem seus altos e baixos. E que a pessoa seja dedicada e leve a sério a carreira musical.

23) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Jamile Jah: A grande mídia toca o que está no mainstream e o que as grandes produtoras e gravadores vendem. A música fast-food como gosto de dizer.

24) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Jamile Jah: No cenário musical do Piauí o SESC é bem atuante culturalmente.

25) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Jamile Jah: A cena cultural do reggae no Brasil vem se expandindo muito, eu sou muito otimista, principalmente por muitas mulheres estarem no movimento reggae, o que é extremamente importante e positivo. Estamos ocupando nosso lugar de fala dentro do movimento que ainda é tão masculino.

De revelações posso citar a banda Reggaetown que ficou bastante conhecida por fazer vídeos curtos e de versões e clássicos do reggae, mas que tem um trabalho autoral muito forte e vem conquistando o Brasil.

Tem Marina Peralta que está construindo uma carreira brilhante no movimento com shows de destaque por exemplo, no LollaPaloza. E de artistas que vem com obras consistentes temos Edson Gomes, que passa por várias gerações e muito forte na cena.

26) RM: Você é Rastafári?

Jamile Jah: Não.

27) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?

Jamile Jah: O reggae é uma música universal. Eu respeito a cultura Rastafári, mas o ritmo reggae está para além do lado religioso, pois é um ato de resistência, liberdade, amor e paz.

28) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?

Jamile Jah: Discordo. Atualmente temos bandas brasileiras com muita qualidade e provavelmente essa realidade vem se modificando. No Brasil as bandas têm seu público, seu reduto e conseguem sobreviver no mercado musical.

29) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System?

Jamile Jah: Não vou me ater a criticar o Sound System, creio que toda forma de expressão através do reggae é bem-vinda e necessária! O formato Sound System representamos a periferia, uma vertente importante da cultura reggae e por ser, na maioria das vezes, montado na rua, abrange muitas pessoas que não tem acesso a lugar que cobra o ingresso para assistir as apresentações.

30) RM: Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?

Jamile Jah: Eu não tenho a experiência de me apresentar com Sound System, porém acho muito interessante se apresentar nesse formato com DJ!

31) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha?

Jamile Jah: Não vejo nenhum problema da relação que algumas pessoas fazem da música reggae com o uso da cannabis sativa.

32) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?

Jamile Jah: A Cultura reggae e a Rastafári elas têm uma simbiose, pois o reggae absorveu os ensinamentos da religião Rastafári, como a espiritualidade, a resistência, a filosofia de vida e foi um movimento que divulgou bastante o rastafarianismo e sua essência.

33) RM: Quais os seus projetos futuros?

Jamile Jah: Concretizar minhas parcerias musicais e gravar meu DVD.

34) RM: Quais seus contatos?

Jamile Jah: (86) 98840 – 9687 | [email protected]

| https://www.instagram.com/jamilejah

Canal: https://www.youtube.com/@JamileJah

Playlists: https://www.youtube.com/@JamileJah/playlists

https://open.spotify.com/intl-pt/artist/6QWZQ7dNRXkihOqnXRXrSF


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Comments · 3

  1. Me agrada muito a versatilidade e influência da MPB na trajetória de um artista. Todo meu respeito pelo empenho e referências de qualidade.

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