Milton é baterista, multi-instrumentista, compositor e produtor musical de destaque internacional e radicado em Portugal desde 2006.
Com uma carreira sólida e versátil, integra o time da Gramane Records como Artista Vip, ostentando Discos de Bronze e de Prata. Já dividiu palcos e estúdios com grandes nomes como Randy Brecker, Philip Hamilton, Fernando Deluqui (RPM), Diego Figueiredo, Rui Veloso, Sérgio Godinho, Ciganos D’Ouro, Luiz Meira, Luciano Bilú, entre outros. Seu talento e musicalidade cruzam fronteiras, conectando ritmos e culturas com maestria.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Milton Batera para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 13/08/2025:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Milton Batera: Nasci no dia 26/03/1977 em Florianópolis – SC. Registrado como Milton Baseggio Lehmkuhl.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Milton Batera: Comecei tocar bateria com sete anos de idade, Violão com 12 anos e comecei a compor com 15 anos.
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Milton Batera: Fora da música sou formado em Administração de Empresas.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Milton Batera: Minha influências principalmente continuam sendo do jazz a bossa nova. Mas passeio por reggae, neosoul, blackmusic, rock, música cigana, celta, eletrônica, etc… A música eletrônica deixou de ter importância.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Milton Batera: A partir de 1987 em Florianópolis – SC comecei a tocar em banda marcial aos 10 anos de idade, aos 14 anos acompanhava corais, aos 17 anos comecei a tocar de tudo nos bailes.
06) RM: Quantos álbuns autorais lançados?
Milton Batera: Só lancei músicas autorais nas plataformas, uma a uma… E como baterita e percussionistas participei dos álbuns: com os guitarristas: Luciano Bilú, Joel Xavier (CD Saravá), Diego Figueiredo (Vale De Lobos, Tenpos Bons), Banda Tijuquera (Quem quiser, é isso aí), Dão Bastos (Este som que vem chegando), Padre Márcio, Rodrigo Piva (Canto Quântico), Projecto Fuga (01), Tércio Borges, Márcio Catunda, Eric Verceletto (Beg An Dorchenn Project), etc.
07) RM: Você toca quais instrumentos musicais?
Milton Batera: Além de cantor e compositor, eu toco Violão, Guitarra, Baixo, Bateria e Percussão.
08) RM: Quais as principais técnicas que o Baterista e Percussionista deve se dedicar?
Milton Batera: Tocar com os dedos, mãos, sem usar os braços.
09) RM: Quais os principais vícios técnicos ou falta de técnicas têm Baterista e Percussionista, aluno e profissional?
Milton Batera: Quando ele usa a força, a tensão para tocar.
10) RM: Quais são os Bateristas e Percussionista que você admira?
Milton Batera: Carlos Bala, Téo Lima, Paulo Braga, Dave Weckl, Vinnie Colaiuta, Mark Walker, Tony Williams, Buddy Rich.
11) RM: Existe o Dom musical? Qual seu conceito de Dom?
Milton Batera: Quem nasce com ele, nota-se logo…
12) RM: Quais os prós e contras de ser Baterista e Percussionista freelancer acompanhando artista ou grupo?
Milton Batera: As vezes os projetos acabam e temos que começar de novo…
13) RM: Quais os prós e contras de ser músico de estúdio de gravação?
Milton Batera: Nem sempre tem gravações constantes.
14) RM: Quais grupos você que já participou? Quais instrumento tocava?
Milton Batera: Como baterista toquei com duos, trios, quartetos…, big band e todos de jazz. Toquei MPB, toquei samba de raíz, toquei música africana, cubana, francesa, celta, cigana, etc.
15) RM: Quais principais dificuldades de relacionamento que enfrentou em grupos?
Milton Batera: O ego dos principais artistas e secundários.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Milton Batera: Internet só ajuda, divulga e soma visualizações e streamings.
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Milton Batera: Gravação em home estúdio não fica igual ao estúdio profissional.
18) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Milton Batera: Tudo citado na pergunta já conteceu na minha trajetória musical. Agora foi lastimável ver dono de Bar não dar água para os músicos.
19) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Milton Batera: O que me deixa mais feliz o reconhecimento e mais triste a falta de respeito.
20) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Milton Batera: Eu digo para o aspirante a músico: Não desista e confie no seu talento.
21) RM: Quais os erros na metodologia do ensino musical?
Milton Batera: Gerar alunos cópias do que já existem no mercado musical…
22) RM: Como surgiu o conceito que Bateria e o Baixo trabalham juntos? Já caiu em desuso esse conceito?
Milton Batera: Continua em alta bateria e Baixo trabalhando juntos, são irmãos na cozinha musical.
23) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Milton Batera: Gostava da banda Cidade de Negra, mas hoje não sei deles. Sou amigo de músicos que acompanha Armandinho que achei uma revelação.
24) RM: Você é Rastafári?
Milton Batera: Não.
25) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?
Milton Batera: Acho equivocada a afirmação.
26) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?
Milton Batera: Falta de união dos músicos e falta de divulgação.
27) RM : Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha?
Milton Batera: Não acho fundamental e obrigatória a relação do reggae com fumar maconha.
28) RM : Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?
Milton Batera: Interessante a relação do reggae com a cultura Rastafári, mas não a única.
29) RM: Quais os seus projetos futuros?
Milton Batera: Lançar composições minhas, ter artistas gravando as minhas composições.
30) RM: Quais os seus contatos para os fãs?
Milton Batera: +351 964830922 | [email protected] | https://www.instagram.com/miltonbatera_
Canal: https://www.youtube.com/@miltonbatera1
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