Em 2004, foi formada a banda Reggae Steady em Camaçari, Bahia, desde então vem mantendo a Cultura Afro-Jamaicana e Brasileira.
O nome Steady foi inspirado no ritmo dos anos 60, que deu origem ao reggae atual e era chamado Rock Steady. Com relativos vinte anos de carreira, a banda vem conquistando espantosamente o público admirador da música reggae, com apresentações em diversos eventos relativamente importantes Como: Festival Santa Bárbara Cascavel (Chapada Diamantina) em 2008, Festival Kaya no Reggae (Espaço Camaçari 2000) em 2009, Cultura em Movimento 2010/2011, Festival Canta Camaçari 2012, Festival Cultura e Arte 2013, Lavagem de Arembepe 2013, Festival Resistência, Roots 2013. Em 2015, a banda participou do festival música Ilimitada, que trouxeram nomes consagrados da canção regueira como: o jamaicano Siddy Ranks, Edson Gomes, Adão Negro, Ed Vox, Banda Zimbábue, Becks e Finos, entre outros.
A banda já teve oportunidade de apresentar-se em outros municípios baianos, mostrando a força da cultura artística camaçariense: Chapada Diamantina, Mata da S. João, Pojuca, Salvador, em Camaçari, Espaço Camaçari 2000, Praça Abrantes, Arembepe e Grava Folia.
Em 2008, a banda lançou o primeiro álbum “Groove Apurado” que tem boa aceitação. Em 2017, lançaram o segundo álbum “Organize aê” e tiveram a oportunidade de se apresentar no tributo a Peter Tosh com a banda The Power of Music em Camaçari Club SEVEN MUSIC HALL; com letras que abordam assuntos sociais, Políticos e religiosos e evitando à apologia de qualquer espécie, vem trazendo protestos, educação, louvores Reggae Raiz e muita positividade. Colaborando assim com a educação, cultura e resistência do povo brasileiro. Nossa principal influência é o reggae jamaicano.
Atualmente a banda está gravando as músicas para terceiro álbum “Filhos da mãe África” e sua atual formação conta com: Helson Monteiro (Voz e teclado base), Elton Soares (Guitarra base e voz), Jailda (Back vocal), Edmar Castro (Guitarra solo e voz), Helmut Flister (Teclados arranjos e solos), Souza Tavares (Contrabaixo), Ademário (Baterista) e Edu Viana Steady (Voz e produção).
Segue abaixo entrevista exclusiva com a banda Reggae Steady para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 01.01.2025:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Eduardo Viana de Oliveira (Edu Viana Steady – Vocalista): Nasci no dia 08 de agosto de 1967 em Pojuca, Bahia.
Helmut Flister (Tecladista solo): Nasci no dia 06/04/1971 em Santos – São Paulo.
Jailda (Back vocal): Nasci no dia 20/03/1967 em Salvador, Bahia.
Edmar Castro (Guitarrista solo): Nasci no dia 09/10/1977 no Rio de Janeiro – RJ.
Ademário Souza Santos (Baterista): Nasci no dia 02 de novembro de 1980, Salvador, Bahia.
Helson Monteiro (Voz e Tecladista base): Nasci no dia 11/05/1992, Catu, Bahia.
Elton Sales (Guitarrista base): Nasci no dia 07/10/1986 em Pojuca – BA.
Marival Tavares de Souza (Souza Tavares – Contrabaixista): Nasci no dia 12/06/1978 em Camaçari, Bahia, com apenas um ano de vida mudamos para Salvador, há vinte e cinco anos aproximadamente retornei a Camaçari.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Edu Viana Steady: Meu contato com a música é desde seis anos de idade (1973).
Helmut Flister: Meu primeiro contato com a música foi ouvindo música com meus pais.
Jailda: Comecei a gostar de música, vendo meu pai tocar violão.
Edmar Castro: Aos 14 anos de idade comecei minha jornada musical tocando violão.
Ademário: Primeiro contato foi aos 14 anos de idade com a música.
Helson Monteiro: Em 2017, quando fui convidado por um colega a formar uma banda Portal Praise, começando minha jornada no mundo da música.
Elton Sales: Aos meus 7 anos de idade ouvindo LP na vitrola.
Souza Tavares: desempenho o papel de “contrabaixista”, primeiro contato com a música se deu início mais ou menos em 2015, quando passei a minha entrega direta com a arte reggae música.
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Edu Viana Steady: Não tenho formação musical.
Helmut Flister: Estudei Piano Clássico em São Paulo e em Aracajú, fora da área musical cursei Comunicação Visual.
Jailda: Fiz aula de canto, participei de alguns corais e sou Auxiliar de cozinha.
Edmar Castro: Comecei tocando em banda de baile, ou seja, sou músico autodidata/de ouvido.
Ademário: Atualmente trabalho na área de Segurança Patrimonial, mas nos tempos livres sempre atuo na música. Sou músico autodidata.
Helson Monteiro: Não tenho formação na área musical, sou autodidata.
Elton Sales: Sou formado em técnico em ADM.
Souza Tavares: Minha formação é em música no instrumento Contrabaixo.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Edu Viana Steady: Minhas maiores influências são os ícones da música Reggae e a maior é Peter Tosh, pela musicalidade e harmonia musical. Atualmente uso minhas próprias influências e conhecimento para criar meu ritmo e identidade de minhas composições. Na minha carreira musical estamos sempre aprendendo e todas as influências são importantes, mas o que mais aprendi fazendo música é que precisamos estar sempre inovando.
Helmut Flister: Influência musical são: música clássica, jazz, blues, hard rock e reggae e se for citar artistas não vai caber aqui. Os que deixaram de ter importância são os que não tem conteúdo como harmonia, melodia, poesia e falta senso crítico. Os artistas que estão na grande mídia emburrecendo o povo.
Jailda: A música popular brasileira e seus diversos artistas me encantam como um todo. Algumas músicas de hoje, não dar para escutar!
Edmar Castro: Rock, Reggae, MPB, Maracanã. Nenhuma delas deixaram de ter importância.
Ademário: Minhas influências musicais prevalecem do MPB ao Reggae, Rock nacional e internacionais! Um pouco de tudo, todas ainda bem presente.
Helson Monteiro: Música Reggae, Jamaicana, Reggae Roots nacional, Reggae Inglês, RDM, Blues, Rock e muitos temas das décadas de 70,80,90 que exploro. Os que deixaram de ter importância foram: Forró e Música Sertaneja contemporâneo, e a música atual em geral, podendo aproveitar poucos trabalhos atuais.
Elton Sales: Bezerra da Silva, Bob Marley, Raul Seixas, Cassiano, Tim Maia, Secos e Molhados. Atualmente: Edson Gomes, Adão Negro, Natiruts, Diamba, Scambo, Mato Seco, Reggae steady, Emcida, Cidade Negra, Chico Buarque. As músicas que deixaram de ter importância foram as que não agregam em nada a nossa mente.
Souza Tavares: Rock, mas a música reggae sempre me revelou artistas.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Edu Viana Steady: Em 1995, em Camaçari – BA, comecei fazendo produção da banda Irmandade Roots, devido aos meus conhecimentos com produtor de eventos, eu pude vender shows desta banda e começar minha carreira na música.
Helmut Flister: Em 1987, comecei no primeiro grande palco no festival da Codeba.
Jailda: Iniciei cantando em grupos musicais no teatro.
Edmar Castro: Comecei na banda Iles como baixista no palco do rock em Salvador, Bahia.
Ademário: Mesmo eu estando dentro do universo musical desde cedo, não pude me formar ainda, por divergências da vida, mas que ainda a música prevalece.
Helson Monteiro: Após dois anos de experiência na banda Portal Praise, fiquei um ano estudando e aprendendo em casa, quando fui convidado por Eduardo Viana para a banda Reggae Steady, uma banda com dois álbuns gravados, diversos shows e um vasto portfólio.
Elton Sales: Comecei em 2008 na banda Horizonte Roots em Pojuca – BA.
Souza Tavares: Iniciativas na banda Reggae Steady iniciada por Eduardo Viana que tem dois álbuns lançados e entrei na banda no início.
06) RM: Quantos álbuns lançados?
Edu Viana Steady: Com a banda Irmandade Roots, lançamos um álbum: Boas Mensagens e com a banda Reggae Steady (que formei ao me desligar do grupo da Irmandade Roots), lançamos dois álbuns: “Groove Apurado” e o álbum “Organize Aê!”.
Helmut Flister: Participei como tecladista de álbuns de alguns artistas.
Jailda: Ainda não participei de nenhuma gravação de álbum.
Edmar Castro: Participei como guitarrista da gravação de cinco álbuns.
Ademário: Participei como baterista de uma gravação, mas não lancei.
Helson Monteiro: Estou gravando meu primeiro disco.
Elton Sales: Ainda não participei de nenhuma gravação de álbum.
Souza Tavares: Criei e gravei a música Sorria, que será lançada no projeto “Filhos da Mãe África” da banda Reggae Steady.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Edu Viana Steady: Eu defino meu estilo como Reggae Raiz, autêntico, apurado, resistente, pesado, de personalidade forte o Groove apurado.
Helmut Flister: Eclético.
Jailda: Eclético.
Edmar Castro: Eu abraço todos os estilos musicais, sou musicista e gosto de todos os ritmos.
Ademário: Eclético.
Helson Monteiro: Ouço música boa, de tudo um pouco, mas eu sou Reggae e Reggae Roots.
Elton Sales: Reggae que expressa pura paz e amor.
Souza Tavares: Meu estilo musical preenche todos os requisitos satisfatório para a vontade do criador Jah.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Edu Viana Steady: Sim, estudei técnicas vocais em Camaçari, Bahia.
Helmut Flister: Estudei um pouco técnica vocal, falsete, respiração diafragmática, intervalos etc.
Jailda: Estudei técnica vocal, sem muito avanço.
Edmar Castro: Sim até hoje estudo técnica vocal.
Ademário: técnica vocal em um coral.
Helson Monteiro: Estudei técnica vocal.
Elton Sales: Estudei técnica vocal a muito tempo.
Souza Tavares: Não é meu forte sempre foi tocar instrumento de corda.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Edu Viana Steady: Para tudo que fazemos em nossas vidas é preciso conhecimento, dedicação e estudo, é importante termos técnicas e meios para encontrar caminhos para fazer o melhor e um bom vocalista ele precisa está estudando sempre.
Helmut Flister: Não fazer essas porcarias musicais atuais que estão na grande mídia.
Jailda: Altíssima importância o estudo de técnica vocal, evita problemas maiores no aparelho vocal. A voz é o meu instrumento de trabalho e precisa ser bem cuidada.
Edmar Castro: A técnica vocal é importante para manter uma excelente voz para soar bem para quem escuta.
Ademário: A técnica vocal aprimora e facilita a aplicação nos ensaios e apresentações.
Helson Monteiro: A técnica vocal é de extrema importância, a voz é o nosso instrumento, afinar, cuidar no pré e pós shows, definir o tom, aprender a explorar a voz. A técnica vocal é importantíssimo para quem quer cantar bem.
Elton Sales: A técnica vocal é importante para deixar a voz sempre cuidada, pois a voz é um grande instrumento natural.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Edu Viana Steady: Cantores de minha admiração são: Gilberto Gil, Lazzo Matumbi, Nengo Vieira, Bob Marley, Winston Rodney, Peter Tosh, Junior Delgado, entre outros.
Helmut Flister: Gilberto Gil, Marisa Monte, Bruce Dickson, James Ronei Dio, Ian Gillan, James Brow.
Jailda: Caetano Veloso, Roberto Carlos, Djavan, Bob Marley, Lucky Dube, Jimmy Cliff, Alpha Blondy, Gilberto Gil e muitos outros.
Edmar Castro: Djavan, Milton Nascimento, Gilberto Gil, João Bosco, Toquinho, Vinicius de Moraes, Cleber Lucas, Elza Soares.
Ademário: Djavan, Gal Costa.
Helson Monteiro: Nengo Vieira, Bob Andy, Jimmy Cliff, Elomar, Mike Love, Peter Tosh, Al Green, entre outros.
Elton Sales: Belchior, Maria Bethânia, Bezerra da Silva, Emílio Santiago, Jorge Benjor.
Souza Tavares: Admiro Bob Marley, Natty roots.
11) RM: Como é o seu processo de compor?
Edu Viana Steady: Geralmente recebo inspirações nas madrugadas e a insônia traz a criatividade, preciso estar sempre com um caderno e caneta por perto para escrever a inspiração e transformá-las em músicas.
Edmar Castro: Vendo o meu dia, dia aí surgir as composições.
Ademário: Inspiração sobre todos os temas…!
Elton Sales: Meu processo de compor é sentir a vibe e ver o cotidiano das nossas vidas.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Edu Viana Steady: Meus parceiros geralmente são os músicos que trabalham comigo, cada um vai dando suas ideias e juntos vamos fazendo as mudanças necessárias.
Edmar Castro: Nailton Nascimento, Robison Nascimento, Eduardo Viana.
Ademário: Eduardo Viana e Jeilson Góis.
Elton Sales: Junior Seco.
13) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Edu Viana Steady: Minhas composições só foram gravadas pela banda Reggae Steady, porém, existem alguns grupos que cantam algumas das minhas músicas em seus shows.
Edmar Castro: Bandas como Baseado em Reggae, Energyse do Reggae e Cangaço Urbano.
Ademário: Por enquanto nenhuma das minhas composições foram gravadas, mas tocadas em apresentações.
Elton Sales: Não tenho parceiro musical.
Helson Monteiro: Por enquanto só nós gravamos as nossas músicas.
14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Edu Viana Steady: Na realidade, qualquer carreira artística não recebe seu devido valor. Eles nos cobram organização, mas falta oportunidade para o artista ser visto e poder crescer. Eles cobram estrutura, mas não pagam o valor do cachê, investimos em cursos, instrumentos, ensaios, logística e o retorno é muito precário para o grupo ou um artista independente sobreviver.
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Edu Viana Steady: Minha estratégia é continuar trabalhando, acreditando que quanto mais eu criar e buscar a excelência, um dia iremos acontecer na cena cultura do nosso país.
Helmut Flister: Em um país que tem a capacidade intelectual e cultural limitada e banalizada pela grande mídia, pelo poder público e difícil até para sobreviver com baixo cachê, quem dirá o artista ter estratégia de planejamento, tem que empurrar com a barriga.
Jailda: Não existe planejamento, onde não tem alicerce cultural.
Edmar Castro: Minha estratégia é ter seriedade, compromisso e respeito ao próximo.
Ademário: da melhor maneira possível, enxergar as possibilidades e ingressar nas que estejam ao meu alcance.
Helson Monteiro: Não tenho uma estratégia, mas com a massa manipulada pela grande mídia e entre outras entidades para colocar aos ouvidos dos outros o que eles querem, complicado, fazemos o que está a nosso alcance, pois amamos.
Elton Sales: Persiste e nunca desistir do trabalho.
Helson Monteiro: Fazer shows buscando um público.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?
Edu Viana Steady: Criamos projetos culturais, participando de editais, criando eventos, fazendo parceria com outros grupos, divulgando nas mídias digitais, fazendo trabalhos novos e ensaiando para estar sempre prontos.
Jailda: Busco empreender ações em prol de ter conhecimento próprio.
Edmar Castro: Minhas ações investir materiais estudo etc.
Ademário: Uma boa e ampla divulgação, aproveitando as redes social para estar sempre visto por todos.
Helson Monteiro: Não desenvolvi empreendedorismo na área musical, minha fonte de renda não vem da música ainda. Empreender no nosso país em música de consciência está cada vez mais complicado.
Elton Sales: Trabalho como alpinista industrial, assim eu posso ter possibilidade de desenvolver a carreira.
17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Edu Viana Steady: A internet e a tecnologia têm ajudado e muito, na realidade as vezes faltam recursos para explorar melhor a internet e a tecnologia. Acredito que quando temos condições e um profissional para cada um fazer sua parte é muito mais produtivo o uso desses recursos.
Helmut Flister: Na geração da informação temos cada vez mais o emburrecimento das pessoas, em que a banalidade e futilidade são determinantes nas vidas das pessoas e para impulsionar conteúdos interessantes temos que pagar da mesma forma.
Jailda: Hoje a Internet é tudo. Te ajuda a subir, e com a mesma precisão faz você cair.
Edmar Castro: A Internet só ajuda.
Ademário: A internet ajuda a propagar quais quer que seja o objetivo, porém, depende de cada um de nós para utilizarmos com consciência para não atrapalhar a carreira.
Helson Monteiro: A internet ajuda a divulgar, mas tem que pagar, porém a falta de compreensão das pessoas para certas coisas, céticas, surdas e cegas, buscam a desinformação.
Elton Sales: A Internet ajuda a divulgar o trabalho de todos os artistas e não atrapalha ninguém.
18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Edu Viana Steady: Existe muitas vantagens em home estúdio. Em Avanços e informações que a tecnologias traz facilitando o avanço e deixando mais barato a forma de podermos produzir individualmente. Mas, as desvantagens são os vícios que se desenvolve, em que músicos deixam de ser criativos, pois não utilizam sua criatividade e praticam o que aprendeu em seus estudos.
Helmut Flister: A tecnologia melhorou e facilitou até de mais, hoje com o botão play e a Inteligência Artificial, qualquer porcaria pode gravar ou cantar, antes se tinha a preocupação de corrigir erros vocais e os músicos tinham que saber tocar, hoje não precisa saber nada, vivemos a era da qualidade zero e só ouvir o que está na grande mídia que tem zero de Harmonia, Arranjos, Melodia, Poesia.
Jailda: Avanço e rapidez. Desvantagem: é vê músicos capacitados e descartados por mentes sem conteúdos, que gravam merdas para jogarem na grande mídia.
Edmar Castro: Só tem vantagem home estúdio e tecnologia, é muito top.
Ademário: Muitas vantagens e facilita bastante o home estúdio e tecnologias, porém ainda prefiro o orgânico com músicos tocando e criando.
Helson Monteiro: O avanço da tecnologia é bom para a música, porém artistas que tocam com a alma com suas melodias, estão perdendo espaço para a Inteligência Artificial, pois os ouvidos atuais estão interessados não na coisa orgânica vital e sim artificial, banal sem tempero.
Elton Sales: A tecnologia veio para ajudar e acelerar o processo no estúdio, com o avanço da tecnologia e equipamentos de estúdio ficou viável para fazer em casa o que antes poderia ser só feito em estúdio profissional.
19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Edu Viana Steady: A concorrência sempre existiu em todas as épocas, mas, o mais importante é manter-se fiel ao seu estilo musical, gravar discos nunca foi fácil, mas temos a vantagem de lançar faixas individuais e se for um trabalho de boa qualidade é muito importa para seguir em frente, essas são estratégias utilizadas ultimamente.
Helmut Flister: A concorrência hoje é mais desleal, antes você era avaliado por seu conteúdo! A dificuldade hoje é emplacar algo com qualidade!
Jailda: Sigo firme na minha concepção de que a música tem que ser feita para expressar algo muito importante, transmitir paz, ensinar e corrigir erros da nossa própria incompetência.
Edmar Castro: Há espaço para todos, hoje é bem melhor para divulgar o trabalho musical.
Ademário: Hoje tudo estar mais fácil comparando aos tempos antigos, para manter-se nessa grande diversidade, fazer e trazer um bom conteúdo de verdade dentro do diferencial.
Helson Monteiro: Concorrência complicada, hoje somos avaliados, não por conteúdo real, e sim o que está no “hype” na grande mídia.
Elton Sales: Ser diferente e manter o foco na nossa missão em levar a mensagem reggae.
20) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Edu Viana Steady: A Natureza, Céu azul, Fonte de inspiração, Organize Aê, Falsário, Falsa Abolição, Nossos idosos, Jah is the Lord etc.
Helmut Flister: No Brasil nenhum músico, nem perco meu tempo.
Jailda: São tantos músicos competentes nesse Brasil, que ainda estão vivos e esquecidos. Mas para representar todos eles, o nosso querido: Djavan!
Edmar Castro: Kiko Loureiro, Cacau Santos, Roger Franco, Michael Pipoquinha e muito mais…
Ademário: Djavan, um cantor da minha preferência e admiração. E apesar da diferença de estilo musical e público, também Luan Santana, que até hoje prevalece no seu estilo contemporânea envolvendo e conquistando sem escandalizar dentro dos padrões.
Helson Monteiro: Conhecidos do público nenhum. O que é realmente bom está oculto: Elomar Figueira Mello, é um exemplo, um cara muito à frente do seu tempo e autêntico. E quase esquecido. Quem não o conhece nem é considerado “gente”.
Elton Sales: Alexandre Carlo do Natiruts, ele completou a sua missão tocando reggae, sem precisar copiar o reggae da Jamaica, fez o reggae brasileiro usando os recursos da nossa cultura.
21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc.)?
Edu Viana Steady: Já passamos por todas essas experiências citadas na pergunta e a mais inusitada entre elas, foi se deslocar de uma cidade para outra para fazer uma apresentação e chegando no local depois da passagem de som as luzes se apagarem por falta de energia e o show não aconteceu (risos).
Helmut Flister: Estou acostumado com situações adversas, músico sem fama só toca em palcos meia boca, principalmente se for pelo poder público, tratados com desdém. E ninguém se preocupa se você tem um instrumento de 30 mil reais que você tem que dar manutenção. E se você estudou e se passou um tempo enorme no estúdio que você pagou do seu bolso as horas de estúdio e quem dirá se você tem família para sustentar.
Jailda: Os descasos do poder público com os profissionais amadores. Pais de família que passam a noite tocando para sustentar seus filhos com uns míseros trocados.
Edmar Castro: Passamos sempre pelo que foi citado na pergunta, mas é levantarmos a cabeça e seguir em frente.
Ademário: Praticamente o que foi citado na pergunta já presenciei, até hoje estamos sujeito as faltas de condições dos contratantes e ambientes oferecidos para apresentações.
Helson Monteiro: Adversidades com seres humanos sempre irão existir, mas para tudo tem um jeito. Em shows, só alguns probleminhas técnicos (risos). Quanto ao cachê para quem toca música com mensagem de consciência, em lugares com pessoas sem cultura, é certa a depreciação brutal.
Elton Sales: Tocar e não receber o cachê e ter poucas pessoas na festa (risos).
22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Edu Viana Steady: Feliz quando somos contratados para fazer um show e a remuneração do evento realmente vale muito a pena se deslocar para fazer o evento e a banda corresponde a expectativa do público. Ficamos tristes quando não somos convocados e nem tão pouco reconhecidos com toda nossa dedicação e empenho, falo financeiramente e o público não gosta da cultura que trabalhamos para apresentar (o público não curte Reggae).
Helmut Flister: As músicas de hoje me deixam feliz, pois me dão parâmetro do que foi bom e do que é ruim. E o que me deixa triste é saber que tudo pode ficar pior!
Jailda: Fico feliz quando um profissional tem o seu trabalho reconhecido, valorizado. E triste, a exploração de pessoas menos favoráveis.
Edmar Castro: Pra mim só alegria por ter esse dom musical e não vejo tristeza nesse aspecto.
Ademário: Feliz por nunca desistir, música é mais que terapia e já faz parte da minha vida. Triste por hoje em dia qualquer ruido se torna música e estoura com facilidade, tendo mais valor do que as músicas que realmente estão batendo na porta por uma oportunidade a tempo.
Helson Monteiro: Feliz quando subo no palco e transmito a música de Jah. Triste com o empobrecimento intelectual da sociedade em abraçar a música sem consciência, a depreciação do valor do músico e as panelinhas que rolam em secretarias culturais faltando oportunidade de tocar para quem não é da panela.
Elton Sales: O que mim deixa feliz é fazer o som com os amigos. O que deixa triste é saber que nem todo mundo pode estar se apresentando no evento.
Souza Tavares: Acredito que não somos uma classe atípica, somos lutadores por uma causa em comum com os demais ritmos musicais, infelizmente ainda enfrentamos esse tabu.
23) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Edu Viana Steady: Existem músicas nossas que já foram exploradas sem pagamento de Jabá em rádios, mas, não por muito tempo, acredito que seriam muito mais exploradas se houvesse condições de se pagar o jabá propriamente dito para alcançar sucesso.
Helmut Flister: Sempre existiu o pagamento do jabá e sempre existirá!
Edmar Castro: Acredito que nossa música pode tocar sem pagar o jabá, uma boa música não precisa de jabá, hoje temos as plataformas musicais.
Ademário: Acredito que nossa música possa tocar sem pagar o jabá, pois o prazer de ouvir uma música indo ao ar depois de muita batalha.
Elton Sales: Hoje sim! Tem muitas rádios de reggae que fazem por amor. ainda, mas com o avanço da rádio web.
24) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Edu Viana Steady: Em primeiro lugar crie sua própria estrutura para não ficar dependente de ensaiar e compor só quando tiver um convite para tocar. E que procure gravar seus álbuns e busque fazer sucesso com músicas autorais, pois é complicado quando surge uma oportunidade e o contratante cobra músicas autorais e você não tem uma composição própria e o ECAD chega cobrando no seu camarim por ter tocado músicas de artistas famosos.
Helmut Flister: Digo, pense direitinho se quer ser músico profissional!
Ademário: Lute, acredite sempre e nunca desista.
Helson Monteiro: Digo, que você tem que fazer o que você é bom e ama transmitir a mensagem divina. O que tem de missão a ser cumprida, não espera apreço de ninguém somente do altíssimo.
Elton Sales: O reggae é começou, meio, continuidade de levar as mensagens para todos.
25) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Edu Viana Steady: Artistas consagrados tem músicas que estouram mais rápido, pois já tem um público que segue esses artistas, mas artistas emergentes sofrem até o dia que uma de suas composições fazer sucesso e estourar nas rádios e mídias do brasil.
Ademário: A cobertura da grande mídia só querem conquistar os que mais convém ao sucesso nos últimos tempos e os mais insistentes tem que bater até conquistar também, independentemente de quais forem as condições adversas.
Helson Monteiro: A cobertura da grande mídia só tocam o que eles querem, só o que está no hype, como disse anteriormente.
Elton Sales: A cobertura da grande mídia é pequena! mas dando passos pequenos a nossa mídia brasileira aos poucos o reggae vai sendo visto pelas TV aberta.
Souza Tavares: Acho que a cultura em geral jamais tratou a música reggae com igualdade aos demais ritmo musical nem por isso deveremos nos acomodar…
26) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Edu Viana Steady: Sempre gostei dessas instituições e vi muitas bandas e artistas depois de ter passado pelo SESC, SESI deslanchar a carreira artística, já com o Itaú não tenho visto muita coisa a nosso favor.
Helmut Flister: Sesc é um dos poucos espaços que ainda tem cultura.
Jailda: Uma Esperança para os nossos futuros músicos jovens!
Edmar Castro: Espaços muito top.
Ademário: Muito positiva o espaço que essas instituições abrem, espaço é o que mais nos falta e alguém que acredite e que nos der oportunidade. São espaços com excelência para influência arte cultural.
Helson Monteiro: Militante cultural, ainda abraça o que tem de cultura e fomenta.
Elton Sales: Bom! Não estou muito atento sobre essas instituições, mas se for para contribuir com a nossa cultura musical, vejo com bons olhos.
Souza Tavares: Muito suficiente quando diz respeito principalmente para grupo Sertanejo. Mas somos uma categoria desfavorável na maioria dos Projetos culturais.
27) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil? Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Edu Viana Steady: O cenário reggae no Brasil é muito forte, temos visto muitas bandas acontecerem e muitas cair no regresso também, mesmo assim acredito que falta oportunidade, festivais de música, premiações e ainda existe muita perseguição ao artista que canta reggae.
Helmut Flister: Um cenário muito pequeno para um estilo que ainda leva conteúdo e musicalidade!
Jailda: O cenário do reggae está crescendo, expandindo e quebrando tabus, no Brasil e no mundo. O reggae traz um conceito de harmonia, união, força, garra e igualdade. Gratidão a Jah, a Jamaica e ao nosso reggae!
Edmar Castro: O cenário reggae no Brasil sempre foi a mesma música alternativa não tem diferença o reggae resistência.
Ademário: O cenário do reggae ainda precisa de expansão no Brasil, acho muito limitado ainda apesar de sermos resistentes. Os grupos que prevalecem com boa aceitação é Ponto de Equilíbrio e Mato Seco, entre outras não citadas no mesmo estilo e potencial musical, que representam muito bem o Brasil no universo reggae.
Helson Monteiro: O cenário reggae no Brasil é ainda pequeno e sofre também com os olhos da sociedade, apesar de elevar a cultura e consciência do povo. A grande maioria dos regueiros regrediram, poucos permaneceram Roots e com o verdadeiro legado Reggae.
Elton Sales: A Bahia todos sabem que é o berço do cenário do reggae brasileiro, e vemos que ainda temos pouco espaço para o reggae e principalmente para as bandas que estão começando a sua carreira. Imagina no Brasil inteiro a dificuldade que não é hein?
Souza Tavares: A música reggae steady no Brasil de uma forma geral ainda sofre muitos preconceitos. E inexplicável essa situação, o reggae é letra totalmente favorável a sociedade sem destinação mais infelizmente somos descriminados pelo sistema. Não houve na verdade mudança significante na sena reggae…
28) RM: Você é Rastafári?
Edu Viana Steady: Rastafári é um homem consciente, que luta por igualdades e justiça, que não se envolve em política partidária e que vivi acordando a mente das pessoas, é muito a favor da vida, da paz e do amor, ama a natureza e se alimenta com alimentos naturais e não industrializados.
Helmut Flister: Não.
Jailda: Não! Mas a crença é interessante.
Edmar Castro: Só na consciência.
Ademário: Não.
Helson Monteiro: Não.
Elton Sales: Sou rastafári de coração (risos).
Souza Tavares: Procuro ser diferente, ser um rastafári exigem muito da gente, mas procuro seguir a cultura rastafári, o mínimo possível.
29) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?
Edu Viana Steady: Eu acredito que para fazer o reggae de verdade é preciso reconhecer que existe uma essência musical para ser exploda e que existe várias vertentes na cena reggae. Acredito que o músico pode ser muito experiente musicalmente, mas nem todos tem a essência reggae pulsando em seu ser, reggae é muito sério e realmente nem todos que se envolve com a música reggae sabe fazer o reggae de verdade.
Helmut Flister: Discordo, hoje o reggae é um estilo muito difundido no mundo inteiro e muito rico, principalmente na Europa.
Jailda: O reggae é verdadeiro em qualquer lugar. Seja lá ou aqui, o importante é a positividade!
Edmar Castro: Nos também fazemos reggae raiz, nem por isso, somos melhor que ninguém.
Ademário: De acordo com a filosofia Rastafári e a forte ligação com o tal contexto pode ser que sim, mas que tem muitos que não são, seguem nem fazem o groove acontecer. Ainda levam as alturas grande qualidade o mesmo som que ligam a todos em uma só vibe.
Helson Monteiro: De que vale os dreads se as palavras são em vão.? O que te faz o rasta é alma e o coração. sim alguns fazem o verdadeiro reggae, mas não todos e não são só eles.
Elton Sales: Analiso que cada um usa a sua cultura e elemento do seu país para fazer reggae. Cada um com a sua naturalidade. E inegável que os rastafaris fazem um reggae forte e profundo.
Souza Tavares: Não é verdade, existem outros seguidores da cultura reggae.
30) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?
Edu Viana Steady: Estar faltando produtores engajados para levantar essa bandeira, falta grande festivais de música no país, assim com temos em outros países e temos um exemplo magnífico na Bahia e a nossa referência é a República do Reggae que acontece desde 2003 e que gera oportunidades para bandas nacionais e internacionais.
Helmut Flister: O poder público brasileiro não tem interesse cultural.
Jailda: O maior deles, é o preconceito. A falta de apoio cultural.
Edmar Castro: No Brasil temos o encontro na República do Reggae, que não deve nada a nenhum país do mundo. A respeito da música reggae não só a República do Reggae, mas também vários outros movimentos de reggae pelo Brasil.
Ademário: De acordo com que o reggae prega, da parte dos maiorais e responsáveis pelo nosso sistema, devem enxergar como um impacto de realidade e alerta ao cidadão. E desde quando falamos, pregamos sobre os mesmos assuntos principais. E já nos outros países deve surtir outros efeitos, não tão visto como “afrontoso” pela questão política social diferenciada.
Helson Monteiro: Será que é de interesse do governo ter pessoas da “massa”, cultas?
Elton Sales: No Brasil por sermos um país que tem vários gêneros musicais que veio antes do reggae, ainda encantam o povo brasileiro o reggae, ele escolhe a pessoa. Já na Europa o reggae chegou no mesmo tempo que o rock e estava nas paradas de sucesso.
Souza Tavares: Sem dúvida a falta união apoio da cultura como um todo e o fato que alguns dos adeptos ao reggae usar a maconha.
31) RM: Quais os prós e contras de se apresentar com o formato Sound System?
Edu Viana Steady: Muitos vocalistas preferem uma apresentação com o formato Sound System, eu nunca me apresentei nesse formato e não tenho como falar de prós e contras. Mas, prefiro me apresentar com a banda, curto a interação do público com a banda no palco.
Helmut Flister: Tudo que for para propagar o reggae no Brasil, acho válido, mas tem que ser bem-feito e pesquisado.
Jailda: Potência diferenciada. E o contra, seria a falta de dinheiro para investir nas melhorias.
Edmar Castro: Cada faz sua parte e o contra não tenho nada a dizer.
Ademário: Bem elaborado de forma consciente estar valendo.
Helson Monteiro: Sendo bem-feito, tudo que for para fomentar o Reggae é válido.
Elton Sales: Nada contra e cada um faz o que gosta.
Souza Tavares: Acho que evento nesse formato Sound System depende muito da participação e apoio popular, da união como um todo e os próprios artistas são quem decidem a respeito…
32) RM: Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?
Edu Viana Steady: É muito bonito e interessante ver um grupo de pessoas no palco com um só pensamento tirando a mesma harmonia musical. É o que eu chamo de unos de coração, mente e força; já o Sound System traz consigo um formato de uma (1), duas (2) ou três (3) pessoas com o som tirado do sistema de som onde termina tirando a possibilidade de um grupo no palco, fora que só quem interage com o público é o vocalista, eu acho uma vibe opaca.
Helmut Flister: São propostas distintas.
Jailda: Maior quantidade de músicos envolvidos.
Edmar Castro: Com banda fica mais top, mas não vejo problema o sound system, o importante é passar a mensagem reggae.
Ademário: Um é formato raiz e o outro é mecânico, esse é o diferencial, uma vibe vital e a outra genética.
Helson Monteiro: Um formato orgânico e outro mecânico, essa é a diferença. Um é frequência vital e o outro artificial, sendo bem-feito e propagou o Reggae music, fica top.
Elton Sales: Se apresentar com a banda é uma magia natural, todo mundo contribuindo com seu talento para o reggae.
Souza Tavares: Dificuldades acredito eu falto de verba e interesse individual.
33) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha?
Edu Viana Steady: O uso da maconha é opcional, alguns associam a necessidade de um artista de reggae em fazer o uso da cannabis sativa e outros já não usa por preferência própria. E tem aqueles que já usou e hoje em dia não ver a necessidade de fazer mais o uso, acredito que é relativo para cada um, nada contra com quem use!
Helmut Flister: Hoje até a maconha está banalizada, sem identidade, finalidade e sem propósito em todo canto.
Jailda: O uso da maconha é opcional e não tem cor, é escolha. O reggae te escolhe e te prepara para uma vida melhor. E te ensina a se comunicar consigo mesmo e com todos. Onde quer que você esteja, o reggae sempre lhe dará uma resposta sobre dúvidas e fraqueza.
Edmar Castro: Cada um faz o que acha melhor, eu toco reggae e não faço uso da maconha, cada um responde por suas ações.
Ademário: Isso é quase uma questão pessoal, pelo fato dos mais antigos e criadores do ritmo optarem pelo uso da cannabis sativa, até hoje prevalecem o uso, não só no reggae, mas em outros ritmos, que a automaticamente assimilam quem se diz reggae!
Helson Monteiro: Tem gente que mistura de mais as coisas, erva medicinal de relevância altíssima no físico, espiritual e musical, porém banalizada com essas “Novas gerações”, porém não estou generalizando, pois nem todo regueiro é ”Maconheiro”, quem pensa que é está equivocado.
Elton Sales: O uso da maconha cada ser humano reage com a sua conexão com reggae e outros não precisam nem usar.
Souza Tavares: A sociedade entendi que maconha está relacionado ao começo do tráfico. Dessa forma o regueiro sofre descrição, apesar de que eu não uso. A classe musical do reggae é que menos usam entorpecentes. A diferença é que os regueiros rastafaris faziam o uso de forma evidenciada e os demais grupos musicais fazem escondidos.
34) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?
Edu Viana Steady: Reggae é Rastafári e rasta é reggae, alguns deixam cabelos dreadlocks e nem se quer saber o significado, usam simplesmente por modismo; Outros Curtem a música reggae e não usam cabelos dreadlocks, mas isso não quer dizer nada, porém a música reggae é uma música rastafári.
Helmut Flister: Hoje o rastafári é quem salva o estilo reggae de não cair no anonimato e não perder a essência.
Jailda: Crença, amor e igualdade. O rastafári é isso! Todos unidos em um só objetivo, em um só movimento pela paz e pelo amor de Jah. Expandir o reggae, Brasil a fora!
Edmar Castro: Reggae música para relaxar, música de paz, fala de Jah Rastafári, que são os antigos nazireu que não cortam cabelos, comem legumes, costumes deles no Brasil é diferente.
Ademário: É a outra questão que nos traz um pensamento que só quem é rastafári é do reggae, não, muitas pessoas curtem sem o uso da cannabis sativa e sem ser de seguimentos A ou B.
Helson Monteiro: Totalmente interligados, mas como disse anteriormente, não se aplica a todos, nem todos estão dispostos a fazer o Reggae de verdade.
Elton Sales: A cultura rastafári foi o ponto forte com mensagens de libertação que se conectou com a música reggae e foi a combinação perfeita.
35) RM: Quais os seus projetos futuros?
Edu Viana Steady: Tenho o projeto de lançar o terceiro álbum “Filhos Da Mãe África” da banda Reggae Steady, temos uma proposta para realização de shows em São Paulo e Rio de janeiro. E o desejo de seguir caminhada na Bahia e pela nossa região fazendo boa música e levando conscientização ao povo brasileiro.
Helmut Flister: Continuar produzindo e tocar o que gosto para quem queira ouvir.
Ademário: Manter o foco sempre para prevalecer na luta e conquistas. E viver um dia de cada vez na humildade e reverência ao criador! Agradeço, por fazer parte da banda Reggae Stayd, projetos de contratação ou fãs querendo saber mais do nosso trabalho e eu fazendo parte dessa História.
Helson Monteiro: Todos nós somos pecadores imundos, e a graça é imerecida, porém todos nós temos que fazer de tudo para se santificar a cada dia, todo mundo só tem a ganhar. Esse é o meu projeto futuro.
Elton Sales: Projetos futuros é grava o novo álbum da banda Reggae Steady.
Souza Tavares: Participar de grandes eventos sem que haja demagogia. Somos humanos somos todos iguais.
36) RM: Quais seus contatos para o show e para os fãs?
Edu Viana Steady: (71) 99386 – 9614 | [email protected]
| https://www.instagram.com/reggaesteady_oficial/
Canal: https://www.youtube.com/channel/UChtKwoIU8MR1cgJ8XSzxM2w
Reggae Steady DIA MUNICIPAL DO REGGAE 2022: https://www.youtube.com/watch?v=KmjG8enYwZU
Música no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/0T9ackG8sKZ5KlR0qeZsUg?si=hcH4yJrBSBea4PaSb2QvRw&nd=1&dlsi=52d10bc4e54541d0
https://www.palcomp3.com.br/ReggaeSteady2/