More Pedrinho do Nordeste »"/>More Pedrinho do Nordeste »" /> Pedrinho do Nordeste - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Pedrinho do Nordeste

Compartilhe conhecimento

Até mais ver (Pedro Miguel Da Silva, nome artístico Pedrinho do Nordeste / Martinho Moreira, nome artístico Primo, que é sobrinho de Pedrinho), que foi gravada pela primeira vez em 1986 por Carlos André (Oséas Lopes ex Trio Mossoró) no disco – Na parede da paixão pela gravadora Chantecler e depois gravadas por muitos artistas.

Se eu morasse aqui pertinho, nêga / Todo dia eu vinha te ver

E trazia um par de cheiro, nêga / Pra derramar em você

Bota o teu vestido logo, nêga / Venha antes de chover

Bota teu vestido novo, nêga / Se tirar, me dá prazer

E quando chego no riacho / Vou metendo a mão por baixo

E arrancando o girassol / Canto sempre um belo xote

Dou um cheiro no cangote / Por baixo do lençol

Já se foi a lua cheia / Já é meia-noite e meia

Até logo, até mais ver! / Se eu morasse aqui pertinho, nêga

Todo dia eu vinha te ver.

A música fez sucesso na voz de Carlos André e depois na voz de outros artistas tornando conhecido e impulsionando a carreira musical do cantor, compositor e tecladista Pedrinho do Nordeste.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Pedrinho do Nordeste para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 31.01.2025:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Pedrinho do Nordeste: Nasci no dia 31 de janeiro 1948 em Rio Tinto – PB. Fui registrado como Pedro Miguel Da Silva. Em 1964, fui morar em João Pessoa e 1970 me mudei para o Rio de Janeiro.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Pedrinho do Nordeste: Meu primeiro contato com a música foi em 1956 em Rio Tinto – PB, quando participei de um show de calouros e ganhei em primeiro lugar.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Pedrinho do Nordeste: Minha formação musical foi escutando pelo rádio as músicas de Luiz Gonzaga, Genival Lacerda, Jackson do Pandeiro, Trio Iraktan, Altemar Dutra. Fora da área musical trabalhei como copeiro, garçom, cozinheiro e cheguei até gerente de restaurante e depois de chegar a gerente fui empreender fazer meu próprio negócio.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Pedrinho do Nordeste: Eu sou um compositor eclético. No passado Luiz Gonzaga, Genival Lacerda etc. No presente é Gusttavo Lima, Wesley Safadão e gosto dos grupos de Samba. E nenhum deixou de ter importância.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Pedrinho do Nordeste: Quando cheguei no Rio de Janeiro em 1970 e em 1971 dei uma parada na carreira musical e voltei em 1977. E como o trio Repente tocando-nos hotéis de 5 estrelas no Rio de Janeiro, em 1978 fiz parte do trio Atalaia até 1985.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Pedrinho do Nordeste: Não consegui gravar nenhum CD. Sempre as gravadoras diziam que eu participaria no quadro delas, mas, nunca deu certo. E minha música em parceria com Primo: Até mais ver, criada em 1978 e gravada pela primeira vez em 1986 por Carlos André (Oséas Lopes ex Trio Mossoró) no disco – Na parede da paixão pela gravadora Chantecler e depois gravadas por muitos artistas.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Pedrinho do Nordeste: Eclético, do Forró ao Samba.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Pedrinho do Nordeste: Não estudei técnica vocal, pois eu tenho o dom de cantar.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Pedrinho do Nordeste: É essencial o estudo de técnica vocal para o intérprete. E o cuidado com a voz é não tomar gelado e abusar de música alta, antes de cantar é bom aquecer a voz, ou ter um fonoaudiólogo que oriente o intérprete.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Pedrinho do Nordeste: Admiro: Gusttavo Lima, Wesley Safadão, Elba Ramalho, a saudosa Marília Mendonça, Maiara e Maraísa e a Simone Mendes.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Pedrinho do Nordeste: Eu faço letra e melodia e em seguida faço o arranjo.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Pedrinho do Nordeste: Eu tenho vários parceiros e não tenho objeção a nenhum, chegou perto de mim e quer fazer composição se o momento for propício estamos juntos.

13) RM: Quem já gravou as suas músicas?

Pedrinho do Nordeste: Eu só tenho uma música gravada Até mais ver gravada por vários cantores, o primeiro que gravou foi Carlos André, Zezé de Camargo, Elba Ramalho, Adelmario Coelho, Léo Magalhães e outros, duplas sertaneja e praticamente todas as bandas de Forró do Brasil.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Pedrinho do Nordeste: Hoje ficou mais fácil desenvolver uma carreira musical por causa das redes sociais.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Pedrinho do Nordeste: Eu tenho uma produtora de palco e uma produção de planejamento de shows.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Pedrinho do Nordeste: A minha equipe vai atrás de parceiros e patrocínio. Eu mesmo produzo o meu show.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Pedrinho do Nordeste: A internet não prejudica, só ajuda.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Pedrinho do Nordeste: Eu não sei as desvantagens de home estúdio, pois eu nunca gravei em estúdio caseiro, eu sempre trabalhei com estúdio profissional.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Pedrinho do Nordeste: Eu produzo meu próprio show.

20) RM: Como você analisa o cenário do Forró. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Pedrinho do Nordeste: Regrediu Os 3 do Nordeste que era um trio e virou uma banda e regrediram as bandas do Ceará do Emanuel Gurgel dono da SomZoom e as bandas do mesmo estilo quem se mantiveram em evidência foram: Calcinha Preta, Magnífico.

21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Pedrinho do Nordeste: A situação mais inusitada foi cantar e não receber o cachê.

22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Pedrinho do Nordeste: O que me deixa mais feliz é saber que eu tenho uma legião de fãs por conta de minha música em parceria com Primo que fez sucesso: Até mais vê.

23) RM: Qual a sua opinião sobre o movimento do “Forró Universitário” nos anos 2000?

Pedrinho do Nordeste: O Forró Universitário foi uma inovação do Forró tradicional.

24) RM: Quais os grupos de “Forró Universitário” chamaram sua atenção?

Pedrinho do Nordeste: As bandas: Falamansa e Rastapé, entre outras.

25) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Pedrinho do Nordeste: Sem o pagamento do jabá, rádios nenhuma toca a música, o radialista pode até ter boa vontade, mas, a música não entrará na programação da rádio.

26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Pedrinho do Nordeste: Quem trilha a carreira musical tem que amar muito a música, ter disposição, engolir sapos e persistência.

27) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?

Pedrinho do Nordeste: Os prós dos Festivais de Música é que você tem que ter coragem e se atirar na disputa. Os contras: É que só vencem os artistas que estão na panelinha dos organizadores do Festival.

28) RM: Festivais de Música ainda é relevante para revelar novos talentos?

Pedrinho do Nordeste: Sim, existe muitos talentos no anonimato que podem ser revelados pelos Festivais de Música.

29) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Pedrinho do Nordeste: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira ainda é pouca, pois deveria dar oportunidade aos artistas de todos os ritmos musicais.

30) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Pedrinho do Nordeste: Muito boa essas instituições, mas seria melhor se dessem oportunidades para todos os artistas.

31) RM: Qual a sua opinião sobre as bandas de Forró das antigas e as atuais do Forró Estilizado?

Pedrinho do Nordeste: Todas as bandas têm o seu valor.

32) RM: Qual a sua opinião sobre o uso do Teclado no Forró?

Pedrinho do Nordeste: O uso do teclado no Forró, não vejo problema, é somar mais um instrumento.

33) RM: Quais os seus projetos futuros?

Pedrinho do Nordeste: Os meus projetos futuros é uma turnê pelo Brasil e visitar os países que a música Até mais vê faz sucesso.

34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Pedrinho do Nordeste: (21) 98390 – 1981 (Pedrinho do Nordeste) | (21) 97888 – 9797 (Edna)

| [email protected] | [email protected]

Instagram: https://www.instagram.com/pedrinhodonordeste

Facebook: https://www.facebook.com/mariaedna.oliveiradossantos.9

https://www.facebook.com/joaobatistahenriquebezerra.bezerra/videos/178233838707654/?mibextid=Hn3EexMF1WhlYZLE

Canal Pedrinho do Nordeste: https://www.youtube.com/@pedromiguel4882

Até mais ver – Pedrinho do Nordeste (Pedrinho do Nordeste / Primo): https://www.youtube.com/watch?v=zMatthMbV8g

Até mais ver – por Carlos André: https://youtu.be/Y7ErxToGSJ8?si=d4Np9rsVjx_1_fXU

PEDRINHO DO NORDESTE: https://www.youtube.com/watch?v=5mfWYKdO7L8

Entrevista de Pedrinho do Nordeste – Compositor de Até mais vê, conta sua História no Espalha Brasa: https://www.youtube.com/watch?v=oxUsto6VltI


Compartilhe conhecimento

Comments · 1

Deixe um comentário

*

Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.